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Pescas protegidas dos novos preços
A actividade pesqueira está livre de efeitos da subida dos preços dos combustíveis porque o sector continua a beneficiar de margem significativa de subvenções, afirmou o director-geral do Instituto de Desenvolvimento da Pesca Artesanal e Aquicultura (IDPAA), N’kossi Luiei (na foto).
N\'kossi Luieie desfez desta forma dúvidas a propósito da entrada em vigor no sábado da nova tabela de preços dos derivados de petróleo.
Os preços dos combustíveis registaram um aumento de 25 por cento, o que faz que o litro de gasolina custe 75 kwanzas, o de gasóleo 50 e o de petróleo iluminante, 35.
O preço do gás também foi aumentado, pelo que a botija de seis quilos custa 270 kwanzas, a do dobro, 540 e a de 51 quilos, 2.295.
O preço de fuel leve custa agora 50 kwanzas e o pesado, 34 kwanzas, enquanto o quilo de asfalto passou para 19 kwanzas.
O director-geral do IDPAA afirmou à Angop que “a actividade pesqueira não sofre qualquer belisco” devido ao estatuto que tem, que lhe permite continuar a adquirir combustíveis a preços subvencionados e lhe proporciona “considerável margem de manobra”.
Estes esclarecimentos contrariam declarações de alguns economistas, referidas em órgãos comunicação social, segundo as quais a subida do preço dos combustíveis implicava “aumentos de custos de outros bens económicos, como o transporte de produtos agrícolas”.
O consultor e analista para os assuntos económicos Lopes Paulo disse recear”uma subida em cadeia” dos preços dos produtos no mercado nacional.
Os taxistas e moto-taxistas na província do Bié aumentaram os preços do transporte, devido à última alteração nos custos dos combustíveis. Os moto-táxis passaram a cobrar 200 kwanzas, o dobro do preço anterior. Nos municípios do Cuito a Andulo as viagens de táxi aumentaram 500 kwanzas e custam agora 1.500. O secretário-geral da Associação dos Taxistas de Luanda, Manuel Faustino, pediu aos associados que não aumentem os preços “antes qualquer concertação com o Ministério das Finanças” marcada para os próximos dias.
O último ajustamento dos preços dos combustíveis, 46,4 por cento, foi em 2010. Cinco anos antes, o aumento situou-se em 138,35 por cento.
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