APLOP em foco

Associação dos Portos de Portugal defende marca comum da lusofonia

O Presidente da Associação dos Portos de Portugal defende a criação de uma marca comum “com requisitos mínimos de qualidade” para ser usada por todos os operadores nos portos lusófonos e facilitar as trocas comerciais.

Em entrevista à Lusa a propósito do VIII Congresso dos Portos de Língua Portuguesa, Vitor Caldeirinha (na foto) considerou que uma das medidas mais importantes para facilitar a movimentação da carga nos portos lusófonos, e assim aumentar as trocas comerciais, é “criar uma marca de qualidade que implique requisitos mínimos de qualidade e procedimentos padronizados”, a serem seguidos por clientes, carregadores e armadores e agentes de navegação”.

Para o também presidente do Porto de Setúbal, a “facilitação de procedimentos aduaneiros nos portos” é outra das medidas que devia ser equacionada para facilitar a movimentação de carga nos portos dos países lusófonos.

Na preparação para o congresso, na quinta e na sexta-feira em Maputo, Vitor Caldeirinha explicou à Lusa que os temas em destaque incluem “a análise dos novos projetos portuários e logísticos no espaço da CPLP, facilitação de procedimentos aduaneiros nos portos da CPLP, criação da marca de qualidade dos portos da CPLP, formação e cooperação técnica entre portos, estudo de mercado dos portos da CPLP e cooperação entre armadores lusófonos no espaço Atlântico”.

Questionado sobre se a nova pauta aduaneira, que entrou em vigor em meados do ano passado, e a descida do preço do petróleo, no final de 2014, já tiveram efeito na atividade portuária de Angola, Vitor Caldeirinha admitiu que “nota-se algum efeito nos portos com a redução do preço do petróleo a nível internacional”, mas salientou que, de forma geral, a qualidade do serviço está a melhorar nos portos lusófonos.

“Nos últimos anos, é notória uma melhoria da qualidade do serviços portuários nos portos de todos os países da CPLP, o que tem contribuído para um incremento dos movimentos de bens”, disse o responsável, concluindo que “o encontro em Maputo visa melhorar o contexto para incrementar e facilitar mais as trocas para o futuro”.

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