Angola

Contexto macroeconómico exige reprogramação de investimentos, diz ministro angolano dos Transportes

O ministro angolano dos Transportes, Augusto da Silva Tomás (na foto), afirmou, em Luanda, que o actual contexto macroeconómico que o país vive exige uma reprogramação estratégica dos investimentos, no sentido de reorientar e concentrar as preocupações da acção governativa.

O governante falava na abertura do Conselho Consultivo Alargado do Ministério dos Transportes que decorre sob o lema "A gestão das empresas públicas num quadro macroeconómico e orçamental restritivo".

Segundo Augusto da Silva, para que isso aconteça, é necessário acelerar a concretização dos grandes objectivos do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017.

"Seria bom que olhássemos primeiro para a estrutura dos custos e pudéssemos discutir onde poderíamos ter cortado ou economizado, sem pôr em causa os objectivos estratégicos e os níveis de oferta de serviços, mas gastando menos e actuando com maior eficiência", afirmou.

Augusto da Silva Tomás disse que a reprogramação das estratégias deve ser também implementada num quadro diferenciador, mas não perdendo de vista a necessidade de se ter uma atitude proactiva e determinante para se continuar a trabalhar pela melhoria da qualidade, fiabilidade e eficácia do serviço público.

Acrescentou que outra meta do Ministério dos Transportes diz respeito a necessidade de estancar o crescimento descontrolado da divida pública directa e indirecta para garantir a sustentabilidade financeira a longo prazo das empresas.

Para isso, prosseguiu, cada empresa deverá apresentar um plano concreto no qual sejam detalhadas as medidas previstas, cujo resultado se espera atingir em curto prazo.

Esta orientação, na perspectiva do ministro, conduz ao reforço da vigilância financeira sobre as empresas para pôr em causa a honorabilidade dos gestores, directores e outros colaboradores sobre a melhoria da saúde financeira das mesmas.

"Estas devem ser monitorizadas com frequência mensal e os resultados devem ser confrontados sistematicamente com os limites máximos específicos estabelecidos pela tutela, no âmbito de aprovação dos planos e orçamentos anuais", explicou o ministro.

Quanto ao controlo de gestão, o governante afirmou que o mesma deve ser elaborado numa base mensal e abranger todas as áreas da estrutura organizacional da empresa, administração, órgãos de suporte e áreas operacionais.

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