Moçambique

Moçambique deve tirar mercadorias da rodovia

Moçambique tem que transferir boa parte das mercadorias hoje transportadas por rodovia para outros modos, nomeadamente a ferrovia. Quem o defende é o presidente do Conselho de Administração do Banco Millennium Bim, Rui Fonseca (na foto), que considerou mesmo ser "inconcebível" que 90% da carga pesada em Moçambique seja movimentada por via rodoviária.

"É inconcebível que a maior parte da carga pesada no país seja transportada por via rodoviária. Não é possível, não há estrada que aguente", alertou o líder do maior banco moçambicano, durante a conferência "Os Desafios de Infraestrutura e Logística", realizada em Maputo, no âmbito do Fórum Económico e Social de Moçambique (Mozefo).

Os dados apresentados por Rui Fonseca, que foi vice-presidente do Conselho de Administração da União Africana dos Caminhos de Ferro, indicam que 90% da carga pesada em Moçambique é transportada por estrada, o que contribui para a rápida destruição das vias de acesso, além da enfraquecer a flexibilidade na circulação de mercadorias.

"É inconcebível que se transporte ferrocromo, carvão e minérios de ferro por via rodoviária", sublinhou Rui Fonseca, defendendo que Moçambique devia aproveitar o seu potencial marítimo, com cerca de 2.800 quilómetros de costa e localizado numa área de forte tráfego internacional.

Estima-se que o porto de Maputo, o maior do país, instalado na baixa da cidade, receba mais de mil camiões de carga por dia, vindos, principalmente, de países vizinhos, o que acelera os níveis de congestionamento já existentes.

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