Angola

Empresa de Angola vai construir estação de cabo submarino no Brasil

A Angola Cables, empresa angolana que vai gerir as operações do cabo submarino de fibra óptica entre Angola e o Brasil através das cidades de Luanda e Fortaleza, dispõe já do terreno para instalar em Fortaleza, capital do Estado brasileiro do Ceará, a estação de cabos submarinos de fibra óptica e um centro de dados para coordenação do sistema.

O acto de concessão do terreno foi formalizado em Fortaleza, na presença do secretario angolano de Estado das Telecomunicações, Aristides Safeca, e do embaixador de Angola no Brasil, Nelson Cosme e António Nunes, presidente do Conselho de Administração da Angola Cables.

Nelson Cosme destacou na cerimónia que os projectos da Angola Cables são realizações que se acrescentam aos marcos da história recente das relações entre Angola e o Brasil e dão suporte aos instrumentos de cooperação existentes, nomeadamente o Acordo Geral de Cooperação Política, Económica, Técnico-Cientifico e Cultural e a parceria estratégica existente entre Angola e o Brasil e disse que o governo pretende transformar Angola num “hub de telecomunicações” no continente africano.

Na apresentação do projecto e da empresa, Antonio Nunes referiu que com o cabo submarino as comunicações entre Angola e o Brasil terão capacidade de 40 terabytes por segundo e velocidade de troca de dados de 63 milésimos de segundos.

A estação de cabo submarino de fibra óptica e o centro de dados da Angola Cables, a ser construída em Fortaleza, ocupará uma área de cerca de dez mil metros quadrados, sendo três mil metros quadrados de área construída ocupada com tecnologia de informação.

A Angola Cables vai gerir o cabo de fibra óptica de seis mil e 165 quilómetros, que ligará Luanda a Fortaleza, no quadro do Sistema de Cabos do Atlântico, permitindo ligar a África e a América do Sul, numa primeira fase e mais tarde a América do Norte, quando estiver em funcionamento o Sistema Monet,um cabo de fibra óptica que ligará Fortaleza e Santos, no Brasil, a Miami, nos Estados Unidos, numa iniciativa de consórcio integrado pela Angola Cables, Algar Telecom, Google e Antel do Uruguai.

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