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Países africanos são os que mais pagam pelo transporte marítimo

Os preços que os países africanos pagam pelo transporte marítimo internacional são os mais altos do globo, segundo a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

Até janeiro deste ano, o continente pagou 11,4% do valor das importações contrariamente à média global de 9%. Segundo a Revisão do Transporte Marítimo 2015, num ano os países desenvolvidos tiveram um índice de 6,8%.

Vários países do continente não têm acesso ao mar e dependem não somente das respetivas agências de fronteiras mas também das dos países de trânsito.

De forma geral, os custos operacionais dos navios são os mesmos e dependem apenas do tamanho ou do ano de fabrico da embarcação.

O informe revela que rotas pequenas ou realizadas em navios antigos, como as feitas para ligar os países africanos, têm um custo operacional muito mais alto.

O documento cita ainda desafios que incluem pequenos mercados, oligopólios que sobem os preços e infraestrutura precária.

Entre janeiro de 2014 e janeiro deste ano, a frota comercial marítima mundial teve um crescimento de apenas 3,5% considerado o pior resultado já registado em mais de uma década.

Segundo o documento, no início deste ano o número total de navios era de 89.464 e a capacidade de carga chegou a 1,7 milhão de toneladas.

Os especialistas disseram que apesar da crise económica, a Grécia continua liderando a lista de países donos de navios, seguida pelo Japão, China, Alemanha e Singapura.

O relatório da Unctad mostra também que pela primeira vez, as importações marítimas superaram as exportações nos países em desenvolvimento em 2014.

A parcela de produtos importados nessas nações passou de 18% em 1970 para 61% no ano passado. O documento menciona a Ásia pelo domínio do embarque e desembarque de cargas, seguida pela região das Américas, Europa, Oceânia e África.

Quanto aos produtos mais transportados pelos navios cargueiros o minério de ferro lidera, seguido pelos cereais, bauxite e alumínio, rocha fosfórica e o petróleo.

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