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Cabotagem é alternativa para transporte de carga

Estradas esburacadas, segurança precária e combustível subindo como nunca são fatores que estão levando muitas empresas, no atual momento econômico, a repensarem seus esquemas de distribuição de mercadorias para as cidades brasileiras. Neste cenário, cabotagem, navegação entre portos marítimos ou fluviais de um mesmo país, vem sendo uma alternativa atrativa para o escoamento da produção, com distribuição eficiente. Ainda mais em um país com uma costa tão grande como o Brasil.

Para quem atua no setor de transporte marítimo, um dos principais desafios é a mudança de costumes. “Muitas empresas desconhecem o modal cabotagem, e então existe o medo da mudança”, revela o diretor executivo da Gulftainer Brasil, Emerson Buarque. A empresa, com origem nos Emirados Árabes, é uma das maiores operadoras portuárias privadas e independentes do mundo, e implantou em 2011 uma sucursal em Pernambuco, com forte atuação no Porto do Recife, apostando no crescimento do modal cabotagem, já conseguiu se transformar na operadora brasileira com a mais ampla presença na região Nordeste;

Um segundo desafio é convencer os atores econômicos que a cabotagem é bastante vantajosa quando associada a um esquema de transporte que também envolve o transporte terrestre, de maneira integrada. “O custo do transporte por cabotagem torna-se mais barato, porque pode-se percorrer grandes distâncias com um volume muito maior de carga. Mas o caminhão vai mais rápido do que o navio, então o ideal é um mix das duas formas de transporte”, pondera Emerson Buarque. A equação seria manter 30% das cargas por caminhão, mas movimentar 70% por via marítima.

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