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A China pioneira no Panamá
Foi por sorteio que ficou definido o nome do navio que irá inaugurar a ampliação do Canal do Panamá, a 26 de Junho: é chinês, chama-se Andronikos e trata-se de um porta-contentores com 48,25 metros e capacidade máxima de 9.400 toneladas, operando para a empresa Cosco. Irá fazer o percurso por entre uma estrutura com 4,7 milhões de metros cúbicos de cimento e 321 mil toneladas de aço, aplicados numa das mais importantes obras de engenharia e construção do século XXI.
"Estamos ansiosos", admitiu Jorge Quijano, responsável da Administração do Canal do Panamá (ACP), citado pelo diário "El País", referindo ser "uma honra" o dia histórico que se avizinha. "Todos nos preparámos para continuar a proporcionar um serviço de qualidade, fiável e seguro através do canal ampliado para todos os clientes", acrescentou.
Refere a publicação espanhola que, depois do navio chinês, haverá mais 100 barcos Neopanamax com lugar reservado para cruzar a ampliação da rota que liga o Atlântico ao Pacífico.
A obra de ampliação está orçada em 5.250 milhões de dólares, tem participação de vários consórcios internacionais de construção e gerou controvérsias, entre as quais a da ultrapassagem dos custos iniciais com paragem em 2013 e alguns meses de atrasos.
O Andronikos será imortalizado na História como o primeiro a passar pelo canal ampliado, mas podia ter sido o norueguês Thalatta, um transportador de automóveis da empresa Wallenius Wilhemsen Lines que saiu a perder no sorteio com os chineses. A Administração do Canal do Panamá convidara os principais clientes a entrar no sorteio público, desde que as respectivas embarcações preenchessem os requisitos necessários. O Canal do Panamá foi inaugurado em 1914 e "todos os anos passam por ali 5% do transporte marítimo mundial", lembra o diário espanhol, tendo as obras de ampliação começado em 2007.