Notícias
Navio chinês inaugura ampliação do Canal do Panamá
A ampliação do Canal do Panamá, inaugurada domingo com a passagem de um navio chinês de grande calado, representa uma oportunidade para o impulso das exportações dos países da América, afirma o administrador da infraestrutura, Jorge Quijano.
"Esta rota de trânsito é a ponta do iceberg de um plano ambicioso destinado a converter o Panamá no centro logístico das Américas, e representa uma oportunidade significativa para os países da região melhorarem as suas infraestruturas, fazerem crescer as suas exportações e estimularem o crescimento económico em parceria connosco", afirmou o responsável, citado pela agência espanhola EFE.
O Canal do Panamá "foi, é e será um grande facilitador comercial e cuidador ambiental", acrescentou Quijano.
O discurso do presidente da administração do Canal evoluiu em seguida para as boas vindas ao navio porta-contentores chinês, "Cosco Shipping Panama", que esta manhã protagonizou a navegação inaugural pelas novas três eclusas desta rota centenária, por onde transitava 6% do comércio mundial nas anteriores dimensões.
O "Cosco Shipping", um neopanamax de 48,25 metros de largura e 299,98 metros de comprimento, e com capacidade para transportar até 9.400 contentores, entrou na eclusa de Água Clara, no lado do Atlântico pelas 7:00 locais (13:30 em Portugal), que demorou quase duas horas a encher, até que o navio pudesse navegar para a eclusa intermédia e depois, para a seguinte, até sair para o oceano Pacífico.
Presente na cerimónia inaugural, o Presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, prestou homenagem às mais de 30 mil pessoas que trabalharam na ampliação do Canal ao longo de quase nove anos.
Depois da ampliação, Canal do Panamá passa a permitir a passagem de navios com capacidade para transportar até 13 mil contentores, três vezes mais do que até agora.
As obras de ampliação começaram em 2007 com um orçamento inicial de 5,25 mil milhões de dólares (4,74 mil milhões de euros), sendo que o principal empreiteiro, o Grupo Unidos por el Canal (GUPC, liderado pelo grupo espanhol Sacyr Vallehermoso) reclama cerca de 3,4 mil milhões de dólares (3,07 mil milhões de euros) de sobrecustos.
A obra foi entregue à Autoridade do Canal do Panamá no passado dia 31 de maio, com cerca de dois anos de atraso em relação ao prazo estimado inicialmente, e hoje inaugurada formalmente.
|