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Portos públicos baianos encerram 2016 com segunda melhor marca da história

Se 2016 foi de amargor para quase todos os setores produtivos nacionais, nos três portos públicos administrados pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), o ano encerrou com incremento de 3,4%, em relação a 2015. Juntos, os Portos de Aratu-Candeias, Salvador e Ilhéus movimentaram 11,1 milhões de toneladas em 2016, ante as 10,7 milhões registradas no ano anterior. O resultado figura acima da média nacional entre os portos públicos, representando o marco de segundo melhor desempenho alcançado pela Companhia.

Outro recorde alcançado em 2016 ficou para o Porto de Salvador, com registro de maior movimentação de cargas em toda sua história, marcando um novo recorde de 4,5 milhões de toneladas, superando a sua melhor marca registrada em 2014, de 4,3 milhões. Produtos petroquímicos, celulose, trigo, equipamentos e alimentos responderam pelo incremento, que foi de 9,7% sobre o resultado de 2015.

Em Aratu-Candeias, a atividade portuária superou a média dos últimos cinco anos, encerrando o ano passado com movimentação de 6,3 milhões de toneladas, 2,7% acima do resultado de 2015. A inserção de óleo diesel no rol de cargas em trânsito no Porto no ano passado respondeu pelo êxito dos números, com quase 500 mil toneladas movimentadas. Fertilizantes, concentrado de cobre, dentre outras, permanecem como destaques nos píeres dos Terminais de Graneis Sólidos (TGS).

No Porto de Ilhéus, a movimentação somou pouco mais de 220 mil toneladas, apresentando recuo na ordem de 47,6% em relação ao ano anterior, o menor resultado nos últimos cinco anos. O porto foi prejudicado especialmente a partir do segundo semestre com a desativação das operações com o minério do níquel e dos trilhos destinados a FIOL. Perdeu também parte dos embarques da magnesita, transferida para Aratu-Candeias, ficando reduzindo praticamente aos desembarques esporádicos da amêndoa do cacau.

Os produtos baianos movimentados pelos portos públicos mantêm, por tradição, forte intercâmbio comercial, especialmente com regiões do norte europeu e mercados americano e argentino, com entradas de bens de capital, traduzidos em investimentos para o setor industrial baiano em fase de expansão com a implantação de novas unidades fabris notadamente no setor de energia eólica.

A expectativa para 2017 está na manutenção de um patamar de crescimento em nível similar ao registrado em 2016. “A atual diretoria está engajada na formatação e colocação em prática de ações que possam contribuir de formas múltiplas para melhorar as condições operacionais dos três portos”, declarou o presidente da Codeba, Pedro Dantas.