Brasil
Grupo estatal chinês negoceia entrada num dos principais terminais de contentores do Brasil
O China Merchants Group (CMG), detido pelo Estado chinês, está a negociar a aquisição uma participação de 50% na empresa Terminal de Contentores de Paranguá (TCP) detida pela Advent International Corp, revelam vários meios de comunicação internacionais. De acordo com as mesmas fontes, o valor do negócio deverá rondar os 942 milhões de euros.
A TCP também tem como accionista a APM Terminals, do Grupo Maersk, e gere o terminal de contentores do porto de Paranguá, no Estado do Paraná, sendo comsiderado o segundo mais movimentado do Brasil, segundo o World Maritime News. Já para o jornal O Estado de São Paulo, é o terceiro maior terminal de contentores do país, atrás dos de Santos Brasil e Brasil Terminal Portuário, ambos no porto de Santos.
É considerado um dos mais modernos do Brasil e tem sido objecto de elevados investimentos nos últimos anos, destinados à renovação de equipamentos e infra-estruturas, com impactos positivos na produtividade da TCP. Em 2015, segundo o jornal O Estado de São Paulo, em 2015, o porto de Paranguá movimentou 815,6 mil TEU. E actualmente tem o maior número de infra-estruturas para manutenção de contentores de produtos refrigerados do país.
Quanto à CMG, segundo o mesmo jornal, trata-se do maior investidor e operador de estradas na China, com “8.147 km de estradas, pontes e túneis em 18 províncias”, além de ter 31 terminais portuários disseminados por 18 países. Diz o jornal que a entrada na TCP poderia ser uma porta de entrada da CMG em negócios no sector das infra-estruturas de transportes brasileiro, actualmente carente de investimentos.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a TCP e a CMG estão em fase adiantada de negociações. Em 2016, “o TCP contratou os bancos BTG Pactual e Morgan Stanley para assessorá-lo nas negociações” e o grupo chinês “contratou o Banco Santander”. Antes disso, o TCP negociou esta venda com a Dubai Port World (DP World), sócio da Odebrecht na Embraport, mas a possibilidade de acordo fracassou, depois do afastamento da empresa árabe, refere o World Maritime News.
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