Pirataria
IMB registou 43 casos de pirataria marítima no 1.º trimestre deste ano
No primeiro trimestre deste ano, ocorreram 43 incidentes de pirataria marítima em 16 países, incluindo 33 abordagens, 2 sequestros, 4 navios alvejados e 4 tentativas de ataque, de acordo com um relatório do International Maritime Bureau (IMB) da International Chamber of Commerce (ICC).
Segundo o relatório, destes incidentes resultaram 31 marítimos tomados como reféns, 27 raptados, dois mortos (no Sul das Filipinas) e três ameaçados. As principais preocupações documentadas são os raptos no Golfo da Guiné, a violência crescente no Sul das Filipinas e os primeiros sequestros por piratas somalis nos últimos cinco anos.
Dos 27 raptos de tripulantes para efeitos de pedido de resgate, 63% ocorreram no Golfo da Guiné, com a Nigéria no topo, (raptos em 17 locais diferentes, mais três do que no mesmo período de 2016). Os três navios em que se verificaram estes incidentes foram atacados quando navegavam entre 30 a 60 milhas náuticas ao largo da costa de Bayelsa.
No Sul das Filipinas, nove navios foram alvo de incidentes, contra dois em período homólogo de 2016. Além dos dois tripulantes mortos a bordo de um navio de carga, cinco foram raptados para resgate e outros cinco foram raptados de uma traineira e um rebocador.
Para o IMB, a actividade militar no país poderá explicar o acréscimo da pirataria marítima nesta região e as zonas do Mar de Sulu e a Passagem Sibuto são consideradas particularmente arriscadas, pelo que existe a recomendação de evitar estes locais.
O IMB relata também 28 raptos de tripulantes em águas territoriais da Somália neste período, embora tenham sido libertados pouco tempo depois. O IMB suspeita “que estes incidentes tenham sido de mera oportunidade, especialmente porque os navios sequestrados não seguiam as recomendações sobre as Melhores Práticas de Gestão para Protecção Contra a Pirataria Baseada na Somália”.
A mesma entidade nota que estes casos revelam a necessidade de serem seguidas aquelas recomendações em navegação ao largo da Somália e continua a considerar importante a presença das forças militares navais na região, que servem como dissuasoras para os piratas e “ajudam a garantir a segurança de uma das mais importantes rotas comerciais do mundo”, refere o IMB.
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