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Comércio entre a China e os países de língua portuguesa subiu 40,41% até abril
Dados dos Serviços de Alfândega da China, publicados no portal do Fórum Macau, indicam que a China comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 24,41 mil milhões de dólares (21,38 mil milhões de euros) -- mais 50,93% -- e vendeu produtos no valor de 9,75 mil milhões de dólares (8,54 mil milhões de euros) -- mais 19,56%.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 24,31 mil milhões de dólares (21,30 mil milhões de euros) entre janeiro e abril, um valor que traduz um aumento anual homólogo de 40,50%.
As exportações da China para o Brasil atingiram 7,67 mil milhões de dólares (6,72 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 29,51%, enquanto as importações chinesas totalizaram 16,63 mil milhões de dólares (14,57 mil milhões de euros), mais 46,19% face aos primeiros quatro meses do ano transato.
Com Angola -- o segundo parceiro chinês no universo da lusofonia -- as trocas comerciais cresceram 61,83%, atingindo 7,60 mil milhões de dólares (6,66 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 597,05 milhões de dólares (523,43 milhões de euros) -- mais 27,71% -- e comprou mercadorias avaliadas em 7,0 mil milhões de dólares (6,65 mil milhões de euros) -- refletindo uma subida de 65,60%.
Já com Portugal, terceiro parceiro da China entre os países de língua portuguesa, o comércio bilateral cifrou-se em 1,61 mil milhões de dólares (1,41 mil milhões de euros) -- menos 5,11% --, numa balança comercial favorável a Pequim.
A China vendeu a Lisboa bens na ordem de 1,03 mil milhões de dólares (902,5 milhões de euros) -- menos 20,34% - e, em contrapartida, comprou produtos avaliados em 583,73 milhões de dólares (511,64 milhões de euros), mais 43,61% face aos primeiros quatro meses do ano passado.
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau, que reúne a nível ministerial de três em três anos.
Os dados divulgados incluem -- como sempre incluíram -- São Tomé e Príncipe, apesar de só ter passado a fazer parte da `família` do Fórum Macau no final de março, após a China ter anunciado o restabelecimento dos laços diplomáticos com São Tomé e Príncipe, dias depois de o país africano ter cortado relações com Taiwan e reconhecido Pequim.
O comércio entre São Tomé e Príncipe e a China é, contudo, insignificante: entre janeiro e abril cifrou-se em 1,71 milhões de dólares (1,49 milhões de euros), valor que corresponde na totalidade às exportações chinesas - que caíram quase um terço -, já que as compras de Pequim ao pequeno arquipélago africano estavam a zero.
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