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Ligação fluvial entre Danúbio e Mar Egeu volta a estar na agenda internacional
Outrora cogitado como possível abrangente conexão entre o tráfego asiático, a Europa de Leste e, posteriormente, o Ocidente do velho continente, o mega-projecto respeitante a uma via fluvial que ligue, verticalmente, o Danúbio à costa grega do Mar Egeu através dos rios Axios, Morava e Vardar, está de volta à agenda, tudo por causa do interesse estratégico chinês na materialização do conceito da Nova Rota da Seda. Para a China, este conjunto de ligações fluviais poderá ser um passo importante para intensificar o comércio entre continentes.
Ligação fluvial Danúbio-costa grega do Mar Egeu aceleraria tráfego
De acordo com a imprensa internacional, os líderes governamentais da Grécia, China, Sérvia e Macedónia têm desenvolvido conversações no sentido de analisar o ‘dossier’: o tema foi recentemente discutido numa cimeira que contou com os primeiro-ministro helénico Alexis Tsipras, o presidente sérvio Aleksandar Vucic e o homólogo Boyko Borisov, tendo sido aprofundada a hipótese de constituir vias marítimas e ligações ferroviárias entre o Porto de Tessalónica (na Grécia), o município búlgaro de Burgas e a cidade sérvia de Belgrado.
A hipótese da implementação de uma via marítima que conecte o rio Danúbio (que, neste contexto, passa pela Bulgária, Sérvia, Roménia, Croácia, Hungria, Eslováquia, Áustria e Alemanha) à costa grega do Mar Egeu revelar-se-ia, avançam os especialistas, uma rota de transporte de mercadorias (vindas do Oriente para a Europa) mais célere e menos dispendiosa que a actual opção que passa pelo acesso de Roterdão, prosseguindo daí para o Danúbio, na horizontal, desde a Europa Central para o Mar Negro, perto da costa Este da Roménia.
Como expandir um ‘hinterland’ inter-continental
Assim, o desenvolvimento desta grande via fluvial ofereceria um eixo de ligação directo entre o Oriente Mediterrânico e coração da Europa, através dos rios Vardar, Axios (ambos passam pela Grécia e Macedónia) e Morava (passa pela República Checa, Áustria, Eslováquia e Polónia). A carga deixaria de ser enviada para Gibraltar e daí para os Países Baixos – uma perspectiva aliciante para a conexão Europa de Leste/Ásia – Europa Central/Ocidental e, claro, para potências comerciais como a China, Japão e Coreia do Sul, que transportam milhões de contentores para os mercados europeus.
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