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Porto de Santos começará a utilizar a hidrovia para o transporte de cargas
O director-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Alex Oliva, anunciou que o Porto de Santos, no litoral paulista, começará a utilizar hidrovias para a movimentação de mercadorias. O projecto será apresentado à iniciativa privada em outubro e já há interessados em utilizar o sistema, que usará o Rio Cubatão e deve ajudar a reduzir os gargalos logísticos.
Durante a 15ª edição do Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos, Oliva anunciou que, a partir de outubro, o cais santista contará com acesso hidroviário. A Codesp criou um grupo de trabalho para a elaboração do projeto em maio deste ano. O grupo, coordenado pela companhia, reúne representantes da Codesp, da Administração da Hidrovia do Paraná (Ahrana), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Capitania dos Portos de São Paulo.
“Estamos inovando, trazendo um novo acesso ao Porto de Santos, que é a possibilidade do uso da hidrovia. Criamos um grupo de trabalho, fizemos um levantamento topográfico, cartas náuticas, tudo aprovado pela Marinha. Temos dois pontos possíveis de serem plataformas logísticas em Cubatão”.
Presidente da Codesp participou de debate durante o Santos Export
Os caminhões que chegarem à Baixada Santista serão destinados às plataformas logísticas, que serão instaladas em duas áreas de Cubatão. Elas têm acesso rodoviário e ferroviário, ou seja, podem receber a carga de ambos os modais. Depois, a mercadoria será descarregada em barcaças, que irão levar os produtos para o terminal portuário, por meio da hidrovia.
“Vamos diminuir o número de caminhões na Perimetral. Isso vai facilitar em muito o tráfego, vai diminuir o congestionamento, e vamos ter mais eficiência, porque uma barcaça pode trazer o equivalente a 50 caminhões”, afirmou o presidente da Codesp.
Na primeira quinzena de outubro, a Codesp irá expor o projeto hidroviário à iniciativa privada. Segundo Oliva, já há vários terminais interessados em trabalhar com o novo sistema, sendo que um já está em processo avançado de negociação.
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