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Porto do Itaqui acelera crescimento e atrai navios de todo o mundo
Em São Luís, quem olha para o mar atualmente vê muito mais do que a paisagem natural que sempre esteve lá. Vê também uma série de grandes embarcações, dia após dia. Os navios se espalham por quilômetros e quilômetros, todos com um motivo em comum: descarregar ou carregar toneladas de cargas no Porto do Itaqui.
Poucos empreendimentos de grande porte no Brasil vivem efervescência semelhante à do Itaqui. O acelerado investimento feito nos últimos três anos colocou o porto em nova fase. O resultado é este que pode ser visto olhando para o mar. São bandeiras tão diferentes como as da Noruega, das Bahamas, de Hong Kong e, claro, do Brasil.
Os navios chegam e aguardam a vez de ancorar no Itaqui. Existe uma ordem, como em qualquer porto. Mas o Itaqui não é mais um porto qualquer. Ele deu um salto inédito de modernização. Com isso, os navios passaram a se interessar mais em usá-lo nas suas operações no Brasil. E hoje com a vantagem de uma produtividade muito maior.
Atualmente, o tempo de espera dos navios é o menor em toda a história do porto, com redução de mais de 50%. De 2014 para cá, essa média caiu de 85 para 35 horas.
Tudo isso significa mais empregos e mais estímulo para a economia do Maranhão. O Itaqui hoje gera cerca de 14 mil empregos no Maranhão e ao longo da área de influência do porto.
Longa lista
A lista do que já foi feito no porto desde 2015 é extensa. A novidade mais fresca é a chegada do Berço 108, no mês passado. Trata-se de uma gigantesca estrutura em que o navio pode atracar para operar embarques e desembarques de cargas. São 19 metros de profundidade.
Com o novo berço, a capacidade de carga e descarga de combustíveis deve aumentar em 40%, o que equivale a 4 milhões de toneladas por ano.
“Este berço é um equipamento imprescindível, dada a importância e o valor elevado das cargas que aqui serão movimentadas”, diz o governador Flávio Dino.
“Os resultados do Itaqui estão alinhados com o momento que o Maranhão vive, desde 2015, com atração de recursos com foco em consolidar programas importantes na produção, na logística e também nos investimentos que estamos fazendo no porto”, afirma o presidente da Emap, gestora do Itaqui, Ted Lago.
“Essas iniciativas são fruto também do reconhecimento do papel estratégico do Porto do Itaqui para o desenvolvimento regional e do país”, explica Lago.
Segurança e tecnologia
Os navios que chegam aos portos querem, naturalmente, ter a certeza de que vão ter a estrutura necessária para carregar e descarregar seus valiosos produtos e materiais. Isso exige um grande aparato técnico. É por isso que também foi entregue, junto com o Berço 108, o sistema de combate a incêndio do Porto do Itaqui.
As embarcações também precisam de segurança na hora de atracar, por exemplo. É preciso um sistema eficiente de monitoramento de todas as operações. Essa tarefa foi enfim cumprida com a inauguração do Centro de Controle Operacional (CCO). Ele controla a movimentação e a programação de navios, com tecnologia de ponta. Antes disso, a função era exercida de modo bem mais precário.
Diversos outros investimentos também foram feitos, como o novo sistema de iluminação, construção de um novo pátio para contêineres e instalação de barreiras de contenção.
Resultado em números
Essa nova fase já colhe resultados em números. O Itaqui fechou 2017 com crescimento de 13% na movimentação de cargas. Foi mais do que o previsto. A participação do porto nos embarques de soja do país aumentou 100% entre 2007 e 2017. A fatia passou de 7% para 14% nestes dez anos.
O que está por vir
A ideia é manter os investimentos acelerados para movimentar cada vez mais cargas. Para este ano, está prevista, por exemplo, o início da construção de um novo berço. Entre os investimentos privados com início de obras em 2018, estão o novo terminal para carga geral e a ampliação do Tequimar, dedicado a granel líquido.
O edital público para a concessão do Terminal de Carga Geral – especialmente celulose e papel – no Porto do Itaqui foi anunciado nesta sexta (6) pelo governo federal. A nova estrutura, com investimento previsto de R$ 215 milhões, contará com armazém, berço e ramal ferroviário. O leilão será realizado em 27 de julho deste ano.
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