Pescas

PORTO NOVO, CABO VERDE

Em perspectiva investimentos de nove mil contos no reforço da conservação do pescado

A Associação dos Pescadores do Tarrafal e Monte Trigo tem estado a alertar para a necessidade do reforço da conservação do pescado nessas zonas piscatórias, onde as unidades de produção de gelo não têm conseguido responder às necessidades dos operadores.

“A nível de conservação do pescado, estamos a ter muitos problemas. As unidades de gelo não conseguem responder às necessidades dos pescadores”, notou o presidente da associação, Isaías Pires, para quem a pesca no Tarrafal e Monte Trigo está a enfrentar “constrangimentos de vária ordem”, que têm a ver, também, com falta de embarcações e comercialização do pescado.

Para atender à preocupação dos pescadores em matéria de conservação, a câmara do Porto Novo diz ter já conseguido o financiamento junto da cooperação descentralizada para ampliar as unidades de produção de gelo no Tarrafal e Monte Trigo, duas das principais comunidades piscatórias existentes no concelho do Porto Novo.

Estes projetos constam do programa de investimentos da edilidade que, ao todo, pretende investir até 2019 mais de 19 mil contos no “empoderamento” do setor das pescas neste concelho, onde se situa um dos maiores bancos de pesca do arquipélago – o banco do Noroeste.

Enquanto isso, o Governo já confirmou o arranque, a partir de janeiro, de um projeto integrado de desenvolvimento do Tarrafal e Monte Trigo, estimado em 200 mil contos, no âmbito do qual se pretende investir nas pescas, mais precisamente na resolução, “de forma definitiva”, da questão de conservação do pescado.

O projeto vai permitir ainda a aquisição de uma embarcação semi-industrial e a construção de arrastadouros de botes, entre outras intervenções.

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