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Pesca artesanal impulsiona economia

O subsector da pesca artesanal continua a ser o impulsionador do progresso económico e social das comunidades, contribuindo na segurança alimentar e nutricional, criação de mais empregos e o aumento dos rendimentos das famílias, afirmou, em Luanda, a Ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros.

 

Ao discursar na abertura do workshop sobre "Gestão participativa dos capa e integração comunitária", informou que o Executivo está empenhado em conceder maior qualidade de vida às comunidades dependentes da pesca artesanal investindo em infra-estruturas de apoio ao sector e na formação em boas práticas higio-sanitárias para o manuseamento do pescado, facto que tem trazido já resultados visíveis.

Com os investimentos que estão a ser feitos na aquisição de novos equipamentos de frio e na electrificação dos centros possibilitar-se-á a um melhor funcionamento dos mesmos.

O coordenador do Projecto de Apoio ao Sector da Pesca Artesanal (PASP), Victor Barreto, disse à Angop que o projecto, avaliado em 38 milhões de dólares-um financiamento do Banco Africano Desenvolvimento ( 80 por cento do custo total) e do Governo de Angola (20 por cento), visa combater a pobreza e a fome, através da construção de infra-estruturas de pesca, formação e uma gestão sustentável ambiental.

Neste momento estão a ser construídos quatro centros de apoio à pesca artesanal (CAPAS), equipados com energia solar e pública e equipamentos de frio.

Estes centros estão localizados em Benguela (Egito Praia), Cuanza Sul (nas salinas), Bengo, no yembe, e no Zaire (Nzeto).

O sector da pesca artesanal tem também já oito centros construídos na primeira fase. Estes foram reabilitados e têm perspectiva de serem também equipados, já que muitos se encontram sem funcionar por falta de energia eléctrica e equipamentos de frio.

As mulheres destas comunidades piscatórias estão neste momento a fazer a transformação das vísceras em farinha de peixe, em condições higiénicas satisfatórias. Esta actividade está ter um grande sucesso nas comunidades do Tômbwa, Kikombo e Porto Amboim.

O projecto de apoio à pesca artesanal está ser desenvolvido em sete províncias costeiras do país, com o fim de apoiar a actividade pesqueira ao longo destas comunidades que vivem fundamentalmente da pesca.

O projecto iniciado em 2014 prevê terminar em Junho de 2019.

Um dos principais problemas das comunidades piscatórias, segundo Victor Barreto, está ligado à falta de infra-estruturas de apoio, higiene e alguns artefactos de pescas.

No encontro, os especialistas do sector vão analisar as formas de a longo prazo transferir a gestão destas infra-estruturas a grupos comunitárias organizados que consigam estabelecer parcerias duráveis para a sua gestão.

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