S. Tomé e Príncipe

São Tomé e Príncipe e Congo querem cooperar nas pescas

São Tomé e Príncipe e a República do Congo vão cooperar nos domínios da agricultura, pecuária, florestas e pescas, segundo um acordo assinado entre os governos dos dois países.

 

Segundo fonte do executivo são-tomense, o documento foi rubricado pelo ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, Francisco Ramos, e pelo seu homólogo congolês, Henri Djombo, que concluiu uma visita de trabalho de quatro dias ao país.

“Encontramos pontos comuns em agricultura, pecuária, pesca, aquacultura e florestas e fizemos também uma ligação com o setor do comércio, que jogará um papel fundamental neste acordo”, disse Francisco Ramos.

No âmbito da agricultura, o documento estabelece a partilha de informações no domínio da investigação e desenvolvimento, intercâmbio de peritos nas áreas da agricultura, particularmente na caracterização vegetal, luta contra doença das culturas e fornecimento de material genético de qualidade e a formação e assistência técnica.

“Hoje São Tomé e Príncipe é considerado pelas técnicas modernas da produção de cacau e sua transformação e o Congo vai aproveitar também dessa nossa experiência para desenvolver a sua cultura de cacau”, explicou o governante.

Outro aspeto assente entre as duas partes é o fornecimento pelo Congo de área e madeiras para a construção civil em São Tomé e Príncipe.

“Atualmente temos uma forte pressão nas nossas florestas, as pessoas que vivem deste negócio estão a invadir as florestas virgens e protegidas e o Governo precisa de encontrar solução para esses problemas, por isso pretendemos comercializar madeiras de Congo para São Tomé e Príncipe”, explicou o titular da Agricultura.

No domínio das pescas, dois países acertaram a autorização de pescas na zona económica exclusiva de acordo com a legislação em vigor em ambos os países. Serão igualmente reforçados o controlo de vigilância marítima na região através das declarações das licenças emitidas aos navios.

Os dois países mantem relações de cooperação há vários anos que, entretanto, nunca funcionaram, prometendo os dois governos “fazer uma reviravolta” nesse sentido.

“Geralmente nós assinamos e esquecemos de fazer o seu seguimento, por isso já criamos uma comissão de seguimento e já estamos a delinear as estratégias para a sua rápida implementação”, explicou Francisco Ramos.

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