Cruzeiros

CABO VERDE

Ministro do Turismo defende trabalho articulado entre Governo e privados para que cruzeiristas gastem mais no país

O ministro do Turismo e Transportes, José da Silva Gonçalves, defende que Governo, o sector privado e as associações de turismo devem trabalhar de mãos dadas para fazer com que os cruzeiristas gastem mais no país.

José Da Silva Gonçalves, que falava à imprensa à margem da conferência sobre o “Turismo de Cruzeiros e desafios para o mercado de Cabo Verde”, organizada pela Comunidade Cabo-verdiana de Cruzeiros de Santiago (3C Santiago), sustentou que o operador nacional tem que trabalhar em rede, cada um na sua esfera para potenciar as ofertas turistas no país.

Isto porque, lembrou, os cruzeiristas “chegam para passar algumas horas” e os operadores privados têm a responsabilidade de criarem produtos específicos para atrair os visitantes.

O Governante sustentou, também, que cada ilha deve procurar, “na medida do possível”, desenvolver as suas valências porque, na sua opinião, o que é mais importante no turismo do cruzeiro não são “as grandes infraestruturas”.

“É claro que vamos construir um terminal de cruzeiros em São Vicente, porque nós não temos nenhum no país. Mas nós conhecemos outros destinos que não têm infra-estruturas turísticas, mas o que é mais importante são produtos no destino”, afiançou o ministro, garantindo que Governo vai criar um plano estratégico e um master plano do turismo de cruzeiro que vai abranger todas as ilhas.

Para a presidente da Comunidade Cabo-verdiana de Cruzeiros de Santiago (3C Santiago), Conceição Monteiro, a conferência foi organizada para pensar formas de destino Santiago e dar arranque ao turismo de cruzeiros na ilha seja com produtos bons e de qualidade.

“Há três operadores que que fazem essas excursões e elas são vendidas fora de Cabo Verde ou a bordo dos barcos. E nós precisamos trabalhar mais um bocadinho esse produto turístico de cruzeiro para ser vendido cá em Cabo Verde e começarmos a vender isto fora porque queremos chegar aos portos de origem lá fora”, garantiu a presidente da 3C Santiago.

De acordo com esta mesma fonte, a ilha de Santiago tem uma gastronomia típica e especial que deve ser explorada e oferecida aos turistas, além da Cidade Velha, Património da Humanidade, que pode ser explorada a nível turístico.

É nesta óptica, frisou, que se realiza a conferência, em busca de recomendações sobre os passos a dar, para atingir o mercado internacional, oferecendo “produtos adequados” ao público cruzeiristas, para que quando chegue ao país “não fique apenas no navio” ou não fique “a passear pelas cidades sem consumir.”

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