Guiné-Bissau

Bijagós, o tesouro sagrado da Guiné-Bissau

O arquipélago dos Bijagós é uma das últimas jóias de África. Chamam-lhe, em crioulo, bemba di vida (o celeiro da vida, em português). É fácil perceber porquê. As suas 88 ilhas são reservatórios de biodiversidade de importância mundial e servem de maternidade para espécies em risco de extinção.

Nos cerca de quarenta mil hectares de mangais, passeiam aves provenientes do outro lado do mundo, crocodilos, uma colónia única de hipopótamos marinhos e a maior população de manatins da África Ocidental. É um reduto de vida selvagem em estado puro.


Porém, este equilíbrio, mantido graças aos valores culturais do povo que dá nome ao arquipélago (uma das trinta etnias da Guiné-Bissau) e à sua relação harmoniosa com a natureza, começa a ser perturbado por pressões do mundo exterior. Em troca de pirogas a motor ou de telhados de zinco, a população está lentamente a ceder à exploração turística e a perder o controlo sobre alguns dos recursos que têm garantido a sua sobrevivência.

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