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Contentores de atum: o segredo do transporte da vacina contra a COVID-19
Um verdadeiro quebra-cabeças logístico. É assim que o Diário de Notícias considera o processo de transporte de milhões de doses da vacina da COVID-19 a nível global, de forma rápida e a temperaturas extremamente baixas.
Thermo King, a empresa que revolucionou as remessas de alimentos antes da II Guerra Mundial graças ao transporte de temperaturas controladas, decidiu pôr a sua experiência à prova com o atum ao serviço desta operação.
A empresa americana está agora a trabalhar com as farmacêuticas, governos e empresas de logística para garantir que as vacinas são preservadas até chegarem aos hospitais e clínicas, em todo o mundo. Para isso, estão a usar e modificar os contentores geralmente utilizados para transportar atum fresco para o Japão, um alimento que exige condições de refrigeração semelhantes.
Francesco Incalza, presidente da Thermo King para a Europa, Médio Oriente e África, referiu à CNN que “pegámos nos contentores e reciclámo-los”.
O atum tem de ser mantido a 60 graus negativos para não perder qualidade e garantir a sua cor quando chega aos mercados e restaurantes. A vacina da COVID-19, desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, tem de ser mantida a 70 graus negativos durante o transporte.
A empresa tendo isso em conta, um dos ramos da Trane Technologies, sediada na Irlanda, decidiu adaptar os seus contentores para ficarem ainda mais frios. Cada um deles, com seis metros de comprimento, consegue transportar, por terra ou por mar, 300 mil doses da vacina.
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