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PCA do CFB considera pouco rentável rota Luau-Lobito

O presidente do Conselho de Administração do Caminho de Ferro-de-Benguela (CFB), António Cabral, lamentou, no Luena, que o CFB “ainda é pouco rentável”, sobretudo na rota Luau/Lobito, por causa dos comboios de mercadorias que regressam “semi-vazios”.

Segundo o PCA, apesar do aumento da capacidade de transporte que passou de 16 para 22 toneladas, por viagem, após a sua reestruturação, os comboios de mercadorias voltam semi-vazios do interior ao litoral do país, carregando seis mil toneladas anuais contra as 150 mil no sentido Lobito/Luau.

António Cabral interveio, recentemente, uma reunião do Conselho Provincial de Auscultação da Comunidade, promovida pelo Governo Provincial do Moxico para avaliar os serviços prestados pelo CFB, maior empresa ferroviária do país, com uma linha com mil 344 quilómetros de extensão do Lobito ao Luau.

O responsável disse que a fraca rentabilização dos serviços, deve-se pela facto do CFB limitar-se mais na transportação de passageiros em detrimento de mercadorias, que se constituiria como maior fonte de capitalização.

“O governo gastou muito dinheiro para a construção das infra-estruturas ferroviárias, mas a parte empresária está adormecida, porque deveríamos exportar mais os produtos”, reiterou.

Conforme o PCA, para se adequar a realidade do país, que se consubstancia numa economia, maioritariamente, informal, o CFB vai implementar um comboio específico, que se adequa com a transportação dos produtos do campo, com maior segurança, e se evitar perdas de mercadorias.

Defendeu o aumento de mais carruagens, de modo a responder a demanda do mercado, sendo que, parte delas, que funcionam desde altura da reinauguração da linha, em 2011, encontram-se em estado de degradação.

Por outro lado, lamentou os actos de vandalização contra os comboios por parte da população que retiram as porcas da linha, colocando em risco centenas de vidas humanas.

Face às dificuldades financeiras que a empresa vive, disse que 33 das 67 estações ao longo do traçado Lobito/Luau encontram-se desguarnecidas por incapacidade para admissão de novos quadros humanos.

Na ocasião, o Governador provincial do Moxico, Gonçalves Muandumba, apelou ao novo Conselho de Administração, maior organização e rigor, com vista a se salvaguardar a segurança dos passageiros e das suas respectivas mercadorias.

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