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Cientistas descobrem 30 novas espécies no fundo do Pacífico

Uma equipa de investigadores encontrou mais de 30 novas espécies a viver no fundo do Oceano Pacífico, na Zona de Clarion-Clipperton (entre o Havai e o México). Anteriormente estudadas através de fotografias, as espécies desta área apresentam uma elevada diversidade, já que dos 55 exemplares recolhidos para análise, 48 eram de espécies diferentes.

Para esta pesquisa, foi utilizado um veículo operado a uma distância de 3 mil a 5 mil metros de profundidade. Das 48 espécies distintas, apenas nove eram conhecidas, dando à Ciência 39 novas espécies.

Dos animais encontrados, destacam-se vermes segmentados, invertebrados da categoria das centopeias, animais marinhos da família da medusa e diferentes tipos de corais.

A investigação, publicada na revista Zookeys, revela a crescente preocupação em explorar a zona central de Clarion-Clipperton no Pacífico, na medida em que a fauna bentónica (organismos que vivem no fundo do mar) tem um papel importante no funcionamento dos ecossistemas de águas profundas. “A recolha de amostras faunísticas é necessária para confirmar a identificação das espécies, a fim de estimar com precisão a riqueza e a gama de espécies”, adianta o estudo.

Guadalupe Bribiesca-Contreras, autora do estudo, destaca a importância da pesquisa “não só devido ao número de novas espécies potencialmente descobertas, mas também porque estes espécimes de megafauna só foram estudados a partir de imagens do fundo do mar”.

“Sem os espécimes e os dados de ADN que possuem, não podemos identificar devidamente os animais e compreender quantas espécies diferentes existem”, acrescenta a autora, citada pelo The Guardian.

Deste modo, esta investigação salienta a necessidade de estudos detalhados de dados genéticos, não só dentro da Zona Clarion-Clipperton, mas também noutras regiões abissais de referência que podem facilitar a descoberta de novas espécies.

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