História
O Titanic baiano: a arqueologia náutica brasileira começou com um naufrágio português
O Santíssimo Sacramento tinha deixado o porto de Lisboa sob o comando do general Francisco Correia da Silva e liderando uma frota com mais de 50 navios, a maioria mercantes. A bordo deste galeão português de guerra, equipado com 60 peças de artilharia e habituado a combater piratas, iam centenas de pessoas, na sua maioria soldados e marinheiros. Algumas fontes garantem que eram mais de 800 os que nele seguiam com destino ao Brasil, outras defendem que não seriam sequer 600.
Entre os passageiros havia missionários franciscanos, funcionários judiciais e familiares do próprio general da Armada Correia da Silva.
Construído no Porto em 1650-51, o Sacramento navegava ao serviço da recém-criada Companhia Geral do Comércio do Brasil quando a 5 de Maio de 1668, já ao fim da tarde, se aproximou da Baía de Todos-os-Santos. Não era fácil navegar naquelas águas, mas a falta de visibilidade e os ventos fortes do quadrante sul tornaram impossível a tarefa.
O galeão acabou por embater no banco de areia de Santo António e ficou impossibilitado de continuar viagem, à deriva. Os tiros de canhão que, então, disparou num desesperado pedido de ajuda alertaram as autoridades em terra, mas com a noite a cair e a tempestade instalada, nenhuma embarcação se fez ao mar para o socorrer. Por volta das 11 da noite foi ao fundo.
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