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APRIMORADO SISTEMA DE CALADO DINĀMICO NA BARRA NORTE DO RIO AMAZONAS

O sistema de calado dinâmico na barra norte do Rio Amazonas está cada vez mais preciso. A sua bóia de colecta de dados meteorológicos e oceanográficos foi aprimorada e fundeada com apoio da Marinha do Brasil.

O navio hidrográfico Garnier Sampaio partiu de Belém para Macapá, onde a bóia e o seu aparato de poitas, pesando seis toneladas, foi embarcada no convés. Após um dia de viagem, a tripulação, os pesquisadores da praticagem e técnicos contratados chegaram à barra norte para o lançamento da bóia.

O navio aproveitou para sondar as profundidades nas imediações do local. Para isso, foram compartilhados equipamentos de sondagem da Marinha e da Cooperativa Unipilot. O trabalho foi concluído em três dias, no início deste mês.

A operação integra o protocolo de intenções assinado entre a Praticagem da Amazônica Oriental e o Comando do 4º Distrito Naval.

Pelo acordo, a praticagem se encarrega dos investimentos e da implementação do projeto, desde a coleta dos dados, seu processamento e difusão.

O compartilhamento permanente diminui a necessidade das expedições do Centro de Hidrografia. Além de navio hidrográfico e tripulação completa, essas operações exigem fundeio de cerca de 30 dias.

A Autoridade Marítima, por sua vez, supervisiona o projeto e disponibiliza o seu apoio técnico-logístico quando necessário.

O sistema de calado dinâmico transmite, via satélite, dados de profundidade; direção e velocidade da corrente; direção e velocidade do vento; e amplitude e período das ondas. Essas informações atualizam as previsões divulgadas nas tábuas de maré. Com essa análise mais precisa, é possível atravessar a barra norte com navios mais carregados, em total segurança.

A barra norte sempre foi um gargalo para a navegação. Isso porque trata-se de um trecho raso e lamoso localizado na entrada do Rio Amazonas. Essa região, portanto, delimita o quanto as embarcações podem transportar em toda a Bacia Amazônica.

Desde 2017, o projeto da praticagem vem possibilitando o aumento do calado dos navios que cruzam a barra norte.

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