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FPSO Pazflor inova com separação submarina de petróleo e gás

A unidade de processamento e armazenamento de petróleo e gás natural (FPSO) “Pazflor”, inaugurada terça-feira pelo ministro dos Petróleos, Botelho de Vasconcelos, no Bloco 17 do offshore angolano, inovou a indústria internacional do crude ao ser a primeira a realizar a separação submarina de petróleo e gás com sucesso.

Trata-se de um processo que resulta da existência de duas qualidades diferentes de petróleo bruto tratado simultaneamente, sendo um leve, situado numa camada sedimentar profunda, e outro pesado, cuja localização está numa camada sedimentar menos profunda.

Ao falar no acto de inauguração oficial do FPSO, o governante angolano considerou a separação bi-fásica (gás/líquido) como sendo uma vitória tecnológica.

“O grupo Total e os seus parceiros estão de parabéns e Angola reconhece o projecto como mais uma grande realização no desenvolvimento na indústria petrolífera no país”, frisou.

O presidente do grupo Total, Christophe de Margerie, disse, na ocasião, ser um dia especial para Angola e para as inovações tecnológicas, ao mesmo tempo que manifestou a disponibilidade do grupo em continuar a contribuir no crescimento da economia do país.

Realçou o facto da Total se tornar cada vez mais uma companhia inserida no mercado angolana e com grande ênfase no processo de angolanização em curso.

A Sociedade Nacional de Combustível de Angola (Sonangol EP), a Total E&P Angola e suas associadas do Bloco 17 deram início, em Agosto deste ano, a produção do Projecto de desenvolvimento Pazflor, um conjunto de campos situados no offshore angolano, a 150 quilómetros de Luanda.

A profundidade desses campos do Pazflor oscila entre os 600 e mil e 1200 metros, e possui reservas provadas e prováveis estimadas em 590 milhões de barris. A capacidade de produção é de 220 mil barris de petróleo/dia, a ser atingida progressivamente.

O Pazflor é constituído por uma imensa rede de instalações submarinas, a mais complexa jamais realizada em Angola, para responder aos desafios do projecto, que contém 180 quilómetros de linha de produção, ligando 49 poços submarinos de grande dimensão.

A unidade de produção, com 325 metros de cumprimento, 62 de largura e 120 mil toneladas de peso, pode armazenar até 1,9 milhões de barris no seu casco, onde o gás associado explorado é inteiramente reinjectado nos reservatórios.

O conjunto de equipamentos a bordo inclui turbinas a gás de 120 megawatts, suficientes para fornecer energia para uma cidade de aproximadamente 100 mil habitantes.

A Total E&P Angola é a operadora do Bloco 17 com uma participação de 40%, tendo como associadas a Statoil com 23,33 %, a Esso Exploration Angola, com 20% e a BP Exploration (Angola) Ltd, com 16, 67%.

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