Ambiente
Projecto «Angola LNG», vai produzir 12 milhões de toneladas de crédito de carbono por ano Vinte e quatro milhões de toneladas de carbono serão produzidas anualmente em Angola, com a implementação de seis projectos, num total de 60 identificados, os quais proporcionam a redução de emissões ligadas com gás e barragens hidro-eléctricas, afirmou quarta-feira, em Durban, África do Sul, a ministra angolana do Ambiente, Maria de Fátima Jardim. Fátima Jardim disse que com esta produção, Angola, ao nível do continente africano, será o terceiro país produtor de crédito de carbono, depois da Nigéria, em primeiro lugar e África do Sul, em segundo. “A produção arranca já em 2012, com a entrada em funcionamento das barragens de Cambambe (Kwanza Norte) e do Gove (Huambo) e do projecto "Angola LNG", que produzirá cerca de 12 milhões de toneladas de credito de carbono ano. Posteriormente entram em funcionamento outros projectos como o parque eólico do Tômbwa, província do Namibe”, apontou. O Executivo angolano, disse, continua a trabalhar para o estabelecimento de parcerias locais e globais. “Estes, por sua vez, devem abrir oportunidades de execução de projectos relacionados com Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), assim como de projectos que permitem a redução de emissões”, focalizou. Com a conclusão da Primeira Comunicação Nacional e o Plano Nacional de Adaptação, que retratam desafios que o país vai realizar para dar resposta aos princípios inseridos no Plano da Implementação de uma Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas, os projectos vão contribuir para a produção de crédito de carbono que serão comercializados aos países desenvolvidos. Solicitou, no entanto, maior acções bilaterais que reforcem os esforços dos Governos, sobretudo dos países em desenvolvimento, para materialização da sustentabilidade ambiental, promoção do desenvolvimento económico, criação de emprego, aumento da produtividade, com a agricultura sustentável e ecológica, tudo para a redução da pobreza, influenciada também pelas alterações climáticas. Considera que os projectos de criação de zonas da biosfera, de protecção das áreas de conservação da biodiversidade e do apoio ao desenvolvimento das comunidades vulneráveis, assim como das acções de capacitação e educação podem apoiar as iniciativas transfronteiriças de protecção e preservação, particularmente da floresta do Maiombe, e a viabilização de iniciativas baseadas em Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Relativamente ao tão esperado "Fundo Verde", Fátima Jardim defendeu a necessidade urgente da disponibilização dos recursos financeiros, uma questão que também espera ser resolvida neste fórum da 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas. "Torna-se oportuno que África trabalhe para a definição de prioridades para uma Estratégia Comum de adaptação que se interligue com a sustentabilidade ambiental e que consolide os princípios da plataforma africana já adoptada pelo Continente", sublinhou. Para a governante angolana, a unidade de África com a sua plataforma comum, continua a identificar acções concretas para a redução da pobreza, a fragilidade dos solos, a educação e capacitação dos seus quadros.
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