Brasil

PORTOS BRASILEIROS

Sector alavanca record na balança comercial

Responsáveis por 95% do fluxo do comércio exterior, os portos apresentaram aumento crescente em sua movimentação. A exemplo do Porto de Fortaleza, que teve seu balanço recentemente divulgado, o Porto de Santos também registrou um novo recorde. Dados apontam que as exportações alcançaram o valor de US$ 256,041 bilhões, uma alta de 26,8% sobre o mesmo período de2010. As importações também superaram os números de 2010, chegando a US$ 226,251 bilhões, resultando no aumento de 24,5%.

Com quase 89 milhões de toneladas movimentadas entre janeiro e novembro de 2011, o Porto de Santos registrou novo recorde, superando em 0,02% o mesmo período no ano anterior (88,82 milhões de toneladas em 2010). O incremento de 7,2% nas importações, combinado ao declínio da tonelagem operada de açúcar (-13,7%) no complexo e à alta da soja exportada para a China no último trimestre, foram os principais componentes do resultado acumulado.

As cargas mais operadas em Santos e principais mercadorias exportadas foram o açúcar, a soja e o milho. No acumulado até novembro, elas somaram, respectivamente, 15,96 milhões de toneladas, 11,16 milhões de toneladas e 4,32 milhões de toneladas. A soja sobressaiu-se pelo crescimento de 6% na comparação com o mesmo período de 2010. O volume de açúcar operado – aproximadamente 18% do total do porto – decresceu por conta da quebra de safra brasileira e do fortalecimento de grandes produtores internacionais (como Índia e Rússia), que em 2010 compraram parte da produção brasileira para honrar compromissos comerciais após dificuldades com suas safras.

As exportações perfizeram 64,8% do total movimentado entre janeiro e novembro deste ano, acumulando 57,63 milhões de toneladas. Além das mercadorias mais operadas, merecem citação o óleo combustível, cuja operação cresceu 11,9% no intervalo analisado, e os óleo diesel e gasóleo, cujo escoamento consolidou incremento de 28,5%.

As importações responderam por 31,20 milhões de toneladas, ou 35,1% das movimentação até novembro de 2011. O adubo manteve o expressivo crescimento observado nos últimos onze meses, chegando a 3,40 milhões de toneladas – alta de 73,1% no intervalo correspondente de 2010, quando foram registradas 1,96 milhões de toneladas.

Veículos e carga conteinerizada, bastante relevantes para a balança comercial brasileira, estabeleceram novos recordes no período citado. Nos veículos, o índice foi 21,4% maior que no ano anterior – saltou de 390.609 para 321.533 unidades. Para os contêineres, foram registrados 2,697 milhões teu, número 8,5% superior ao do mesmo período de 2010.

Comércio exterior e o porto

Entre janeiro e novembro de 2011, o Porto de Santos movimentou US$ 108,5 bilhões em mercadorias, somadas importações (US$ 50,9 bilhões) e exportações (US$ 57,6 bilhões). O valor total representa 24,6% da balança comercial brasileira, US$ 441,9 bilhões.

Nas importações, os Estados Unidos, com US$ 8,85 bilhões (17,4% do total importado), a China, com US$ 8,76 bilhões (17,2%) e a Alemanha US$ 5,40 bilhões (10,6 %) foram os maiores parceiros comerciais do Brasil durante o intervalo observado. Nas exportações, também Estados Unidos e China foram os dois principais destinos das mercadorias brasileiras, participando com, respectivamente, US$ 6,02 bilhões (10,5% do total exportado) e US$ 6,01 bilhões (10,4%). A Argentina é a terceira colocada entre os países que recebem produtos embarcados por Santos, tendo obtido US$ 4,46 bilhões (7,7 %) em mercadorias entre janeiro e novembro de 2011.

No ranking de produtos exportados, da perspectiva do valor agregado, as mercadorias mais relevantes foram o açúcar, cuja quantidade movimentada pelo complexo portuário correspondeu a US$ 9,68 bilhões, ou 16,8% do total exportado no acumulado de novembro de 2011; o café em grãos, que contribuiu com US$ 5,84 bilhões (10,1%); e a soja, cuja tonelagem registrada somou US$ 4,32 bilhões (7,5%). Nas importações, os produtos de destaque foram os veículos automóveis, que somaram US$ 1,82 bilhões (3,5% do total importado); os adubos ou fertilizantes, com US$ 1,60 bilhões (3,1%) e as caixas de marchas para automóveis, que igualaram US$ 647 milhões (1,2%).

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