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Reitor do INSEAD aconselha alianças empresariais Brasil-Portugal

Conselho do indiano Dipak C. Jain, reitor do INSEAD: Os empresários portugueses podem globalizar-se usando a língua portuguesa comum com o Brasil A língua tem valor de mercado internacional e pode servir de alavanca em alianças com o Brasil com vista à globalização de marcas e empresas portuguesas.


"As marcas e empresas portuguesas que possam tornar-se globais associando-se com entidades brasileiras deverão fazê-lo", refere Dipak C. Jain, reitor do INSEAD, a escola internacional de negócios criada em 1957 em França. "Dado que o Brasil está a atrair atenção global, será bom para as empresas portuguesas associarem-se com as brasileiras em iniciativas específicas e serem um parceiro nesta jornada global. Por exemplo, usando a língua portuguesa como um elemento de trabalho em conjunto", explica o professor indiano, que em março fará um ano à frente da conhecida escola de gestão.

 

 

Esta oportunidade de alavancagem de um idioma comum não é ainda bem percebida por muitos empresários portugueses. "Os dois países podem prosseguir iniciativas em África, nas nações que falam a mesma língua", diz Dipak C. Jain, cuja carreira de estudante se iniciou em Tezpur (no estado de Assam), na Índia, tendo-se licenciado em matemática e estatística na Universidade de Gauhati (naquele estado indiano) e doutorado depois nos Estados Unidos onde chegou a reitor da Kellogg School of Management da Northwestern University.

Além disso, a emergência do Brasil como BRIC (a sigla para as quatro grandes potências que emergiram na última década), abre um novo horizonte: "Esta relação entre os dois países pode mostrar-se importante para fornecer produtos e serviços globalmente".

Apesar de ser um pequeno país, nada impede que Portugal não seja berço de "grandes empresas". "Olhem para a Suíça e os seus bancos", enfatiza. O que se requer? "Tem de haver uma compreensão dos pontos fortes que sejam originais em termos de marca", o que implica entender o património da história, da cultura e da língua como ativos. "Para só citar um exemplo, o fado é algo de único", acrescenta.

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