História

23 DE JANEIRO DE 1960

O homem chega ao ponto mais profundo do oceano

O homem chegou à Fossa das Marianas, o ponto mais profundo do oceano, a 23 de Janeiro de 1960, quando o batíscafo Trieste atingiu a Depressão Challenger, a 10916 metros de profundidade, levando os mergulhadores Don Walsh e Jacques Piccard.

Em 1995, o mesmo ponto foi atingido pelo submarino-robô japonês Kaikō, recentemente perdido durante uma tempestade. Na única ocasião em que seres humanos estiveram no ponto mais profundo do globo, não havia como tirar fotografias, uma vez que as janelas do batíscafo foram diminuídas a tamanhos de moedas, para melhor resistir à pressão, e não existem registos visuais do evento.

Segundo o escritor norte-americano Bill Bryson, no seu livro Breve História de Quase Tudo, a aventura nunca mais foi repetida, em parte porque a Marinha dos Estados Unidos se negou a financiar novas missões e em parte porque "a nação estava prestes a se voltar para as viagens espaciais e a missão de enviar um homem à Lua, que fizeram com que as investigações do mar profundo parecessem sem importância e um tanto antiquadas. Mas o fator decisivo foi a escassez de resultados do mergulho do Trieste".

O batíscafo Trieste foi desenhado por Auguste Piccard e posto em actividade a 26 de agosto de 1953 no Mediterrâneo, na Ilha de Capri, próximo à Nápoles, Itália. A esfera de pressão, composta de duas secções, foi construída pela empresa Acciaierie Terni, e a parte superior foi fabricada pela Cantieri Riuniti dell 'Adriatico, na cidade livre de Trieste, na fronteira entre a Itália e a Iugoslávia. A instalação da pressão foi feita na Esfera Cantiere Navale di Castellammare di Stabia, perto de Nápoles.

O projeto foi baseado em experiências anteriores com o batiscafo FNRS-2, também projetado pelo Piccards. Foi construído na Bélgica e operado pela Marinha Francesa, permanecendo em operação no Mediterrâneo.

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