Moçambique
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Energia e infra-estruturas: Janelas de investimento impressionam franceses
A MISSÃO empresarial francesa que está de visita a Moçambique diz-se impressionada com o leque de oportunidades de investimento que o país oferece nos sectores de energia, infra-estruturas e serviços. O conselheiro económico e comercial da Embaixada da França no Maputo, Fabrice Blazquez, disse ser cedo para avançar detalhes, justificando que tudo dependerá dos contactos entre empresários dos dois países.
Ontem, a comitiva, constituída por 13 médias e grandes empresas francesas das áreas de energia, infra-estruturas, banca e serviços, participou num seminário para se inteirar das ofertas de negócios que o país oferece nos vários domínios.
O arranque da exploração de carvão mineral em Tete e a pesquisa e exploração de hidrocarbonetos nas bacias de Moçambique e do Rovuma constituem, para já, uma janela de investimento, tendo em conta a necessidade de assegurar a logística de transporte de minérios e prestação de serviços complementares aos projectos em curso.
Só para a logística do carvão, o Centro de Promoção de Investimentos (CPI) falou da necessidade de implantação e/ou melhoramento de linhas férreas, tendo enaltecido o projecto de construção da ferrovia Tete/Nacala, num percurso de mais de 900 quilómetros. Este empreendimento está a ser proposto por um dos concessionários das minas de carvão, a Vale.
Ainda no domínio de infra-estruturas, António Macamo, do CPI, fez referência ao projecto de ampliação da capacidade de manuseamento de carga do porto da Beira que actualmente é a única via de escoamento do carvão de Moatize.
No sector energético, as oportunidades estão nos diversos projectos em “pipeline”, sendo os mais importantes a construção da central norte, da barragem hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa, e as centrais à gás de Moatize e Temane, esta última na província de Inhambane.
Para além disso, o funcionamento dos diversos projectos vai necessitar de uma gama de serviços complementares, cujos investimentos podem ser realizados com recurso a parcerias empresariais franco-moçambicanas.
Na ocasião, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, Rogério Manuel, encorajou os empresários franceses a colocarem o seu dinheiro em Moçambique, porquanto estará em boas mãos, tendo em conta o clima de estabilidade política prevalecente no país.
Entre as vantagens de investir em Moçambique Rogério Manuel citou a localização geográfica estratégica, constituindo-se no ponto de entrada e saída de mercadorias para os países sem acesso ao mar, nomeadamente Malawi, Zâmbia e Zimbabwe.
Para Rogério Manuel faz diferença investir em Moçambique pelo facto de o país se constituir num ponto de acesso para os mercados da SADC, Estados Unidos da América, Canadá, União Europeia e China, países com os quais o Estado moçambicano tem acordos preferenciais.
Nos últimos dez anos, os investimentos franceses em Moçambique atingiram 150 milhões de dólares norte-americanos.
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