História Expedição de Robert Falcon Scott ao Pólo Sul termina em tragédia A 29 de Março de 1912, o britânico Robert Falcon Scott escrevia as últimas palavras no seu diário: "O fim não deve demorar". Era o final trágico de uma expedição que deveria trazer glória aos exploradores do Pólo Sul. Uma tragédia humana no continente gelado marcou o dia 29 de março de 1912. O autor desesperado dessas linhas, o britânico Robert Falcon Scott, morreu com dois companheiros de expedição numa pequena barraca, num deserto de gelo. Só uma frase ele ainda conseguiu rascunhar, com os dedos gelados, no diário que testemunhou seu destino: "Pelo amor de Deus, cuidem de nossas famílias!" Scott faleceu quando retornava à base de sua expedição, dois meses depois de atingir o Polo Sul. Outra pequena tragédia já havia acontecido no dia 16 de janeiro. Ao chegar ao ponto mais meridional do planeta, a equipe – então ainda com cinco homens – tinha perdido a corrida para o norueguês Roald Amundsen (que atingira o Polo Sul em 14 de dezembro de 1911). A decepção ficou registrada no diário de Scott, no dia 18 de janeiro: "De repente, vimos uma mancha negra! Não podia ser nada natural. Seguimos e vimos tratar-se de uma bandeira preta presa a um esqui. Próximo, um acampamento abandonado, com pegadas de pessoas e cães por todos os lados. Estava claro: os noruegueses chegaram na nossa frente. Amundsen chegou primeiro ao Polo! Depois de tudo que passamos, frio, fome, estamos enfrentando o choque por termos chegado muito tarde. Agora, temos medo de voltar!" O fato de a equipe não conseguir retornar teve várias causas. A nevasca a poucos quilômetros da base foi apenas uma delas. A psicologia abalada por não terem sido os primeiros foi outro motivo. Mas, apesar do planejamento detalhado da expedição, Scott cometeu um erro logo no começo. Enquanto Amundsen apostou em cães para puxar os trenós, Scott resolveu levar trenós motorizados e pôneis. Desacostumados ao clima, os cavalos logo tiveram que ser executados. Já os trenós não funcionaram no frio antártico. Triste consolo para o grupo de Scott seria saber que, por causa da tragédia, entrou para a história. Hoje, pelas circunstâncias da morte, os britânicos têm mais carisma que o próprio pioneiro Amundsen.
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