Angola

Investigação revela existência de mais peixe no mar de Angola

Os resultados preliminares de uma investigação pesqueira realizada durante o mês de Março no mar de Angola indicam haver mais peixe, em relação a 2011, disse à Angop a directora técnica do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (Inip), Filomena Vaz Velho.

A gestora disse a propósito da visita do ministro da Agricultura e Pescas, Afonso Pedro Canga, ao cruzeiro norueguês Dr Fridtjof Nansen, que está a apoiar a investigação pesqueira, que este ano há um pouco mais de peixe devido à entrada de novos recursos para a pescaria.

Segundo Filomena Vaz Velho, especialista em Biologia, essa impressão de existência de mais peixes em relação ao ano transacto é preliminar porque os dados obtidos durante o cruzeiro, que hoje terminou, precisam ser bem analisados e só depois serão publicados os resultados definitivos sobre os recursos pesqueiros do país.

Embora preliminares, para si, os resultados são animadores. Entretanto, só depois de serem analisados e quantificados é que se terá uma melhor percepção da realidade dos recursos.

Questionada se essa pré-avaliação dos recursos dá sinal de se ter muito peixe até ao final do ano, disse que dependerá muito das medidas de gestão e da conservação dos novos peixes (recrutas) para se poder manter a sustentabilidade dos mesmos.

Por outro lado, referiu que os actuais resultados preliminares dependem das condições ambientais, que são muito importantes para a determinação da quantidade e distribuição dos recursos.

“Na perspectiva ambiental, este ano foi considerado normal, em termos de temperatura e salinidade, ao contrário do ano passado que foi considerado muito quente, também chamado el nino”, sublinhou.

Relativamente à qualidade do peixe que mais abunda no mar angolano, realçou que durante o cruzeiro se notou mais a presença da sardinela (sardinha) e também de carapau. Informou que se registou na região da Baía dos Tigres maior aglomeração da espécie carapau e que os peixes estão muito juntos à costa.

Disse ainda que a população adulta de carapau continua muito baixa em termos de quantidades, acrescentando que há na região do Tômbwa uma boa concentração de sardinha.

O cruzeiro, iniciado a 1 de Março, durou um mês e contou com a participação de técnicos angolanos e noruegueses.

A visita foi testemunhada pelo embaixador norueguês em Angola, Jon Vea.

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