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Capacidade dos grandes porta-contentores perto de atingir o limite

As economias de escala, que estão a levar a que os grandes armadores substituam as suas frotas por mega-navios, irão resultar na consolidação das linhas marítimas ou na redução da competitividade no serviço ao cliente, de acordo com um painel sobre o crescimento do tamanho dos navios no 12º Trans-Pacific Maritime Conference, em Long Beach.

"A indústria dos contentores vai encolher de sete a 10 operadoras em meados da década de 2020 ", refere Lars Jensen, CEO e sócio da Seaintel Maritime Analysis. "Podem ser oito, podem ser 10, mas haverá menos ‘players’", acrescentou.

A capacidade global da frota de porta-contentores vai crescer 7% ao ano até 2015, mas a capacidade dos novos mega-navios vai aumentar em 30%. "De agora até o final de 2014, a frota de mega-navios vai crescer em 120%”, referiu Jensen. Em 2015, os mega-navios serão responsáveis por mais de metade da capacidade da frota de porta-contentores.

À medida que mais navios de grande porte entrem nas rotas Ásia-Europa e trans-pacífico, as operadoras vão ficando com navios menores e menos eficientes na rota trans-atlântica e nas operações norte-sul, que não são atingidas pelo excesso de capacidade.


Nos últimos meses, a maioria das grandes linhas de contentores consolidaram os seus serviços na rota este-oeste como resposta ao lançamento do serviço diário Ásia-Europa lançado recentemente pela Maersk. "Estas consolidações de serviços não são casamentos feitos com amor”, referiu Otto Schacht, chefe global de frete marítimo da Kuehne + Nagel, que acrescentou que isso está resultando em menos escolha para os carregadores.

Tim O'Connell, diretor de marketing comercial da Maersk Line na América do Norte disse que a empresa encomendou os seus navios Triple-E de 18 mil TEU para realizar economias de escala através de custos mais baixos e de alta eficiência energética e baixas emissões.
"O tamanho dos mega-navios já está a aproximar-se do limite, visto que navios maiores que os de 18 mil TEU não podem ser carregados e descarregados de forma suficientemente rápida e que permita oferecer a frequência das viagens exigida pelo mercado”, referiu ainda Lars Jensen. Além disso, poucos são os portos com capacidade para receber navios maiores que os Maersk Triple-E.

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