História Natureza iluminada Riquezas minerais, uma imensa variedade animal, plantas numa profusão de cores e formas. Se hoje a natureza exuberante do território brasileiro inspira movimentos de preservação do meio ambiente, em finais do século XVIII ela atraiu a atenção de naturalistas portugueses, que tentavam torná-la algo compreensível para os europeus civilizados, além de rentável para a Corte. O “Mundo de Queluz” – símbolo do poder dos reinados de D. Maria I e de seu filho D. João VI – investigava o Novo Mundo e se perguntava como seria possível domar o exotismo de sua natureza e tirar o maior proveito possível das colônias ultramarinas. Mas como os portugueses utilizaram as luzes da razão para transformar o ambiente colonial em um conhecimento palpável? E que interesses moviam este esforço? A centralização política era o objetivo comum dos Estados modernos da época, e isso passava pela legitimação do poder real. Em Portugal, o Palácio de Queluz comportava diversas concepções políticas, filosóficas e cortesãs dentro de um mesmo ambiente, o que constantemente exigia do monarca bastante esforço para consolidar o seu poder. Durante o reinado de D. José I (1750-1777), o marquês de Pombal comandara a economia e a política com mão de ferro, marcando profundamente a administração portuguesa. Depois da morte do rei, sua sucessora, D. Maria I, tinha pela frente o desafio de superar a influência pombalina. A mudança do regime teve por designação básica o nome de “Viradeira”, com o desligamento e mesmo a expulsão de pessoas ligadas ou identificadas com a política de Pombal. Para legitimar sua política reformista, a rainha contava com a decisiva atuação dos intelectuais. CONTINUE A LER ESTE ARTIGO AQUI
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