Cabo Verde
GREVE DE ESTIVADORES DO PORTO DA PRAIA, CABO VERDE
«Maior prejuízo foi na prestação de serviço público», considera a ENAPOR
A Enapor, ao fazer as contas do impacto da greve dos estivadores do Porto da Praia, que durou 10 dias, considera que o maior prejuízo foi o não fornecimento do serviço público, facto que criou constrangimentos aos operadores e à população de uma forma geral. A paralisação conheceu o seu término ontem, quanto o Governo decretou requisição civil.
“Os maiores constrangimentos, naturalmente, foram para os agentes económicos, armadores e para a população”, afirmou Valdemiro Tolentino da administração da ENAPOR em São Vicente.
Tais afirmações foram confirmadas pelo Director de Serviços da ENAPOR, Alcídio Lopes (na foto), que diz que os prejuízos não são assim tão lineares, garantindo, no entanto, que, do lado da empresa, a greve foi sentida com a não prestação do serviço público. “Não digo que a ENAPOR não teve prejuízos, estivemos a trabalhar a meio gás. Houve prejuízos dos navios que ficaram parados e eles têm de fazer as contas”.
Sobre as reivindicações dos estivadores representados pelo SIACSA, a Enapor esclarece, que dada a inexistência de um salário base e, tendo em conta que as remunerações dos estivadores possuem uma forte componente extraordinária, entre outros incentivos praticados, nomeadamente, consoante o horário ou o modo de acondicionamento das mercadorias, “tornar-se-ia injusto para os demais colaboradores considerar, ou pretender considerar, a média das remunerações como base para o cálculo das gratificações e subsídios de férias, dado que para os demais trabalhadores, esse direito só se aplica no salário base, excluindo outras parcelas remuneratórias complementares, eventualmente auferidas ao longo do ano”.
Contudo, depois de o Governo ter decretado a requisição civil e apesar dos trabalhadores terem acatado essa decisão ao regressarem ao trabalho, prometem que “a luta continua”.
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