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Portos da Paraíba e Amapá procuram integração logística

Com o objectivo de fazer a integração logística através do acesso marítimo e hidroviário, os portos de Santana (AP), Cabedelo (PB), Secretaria de Estado de Transporte do Macapá, Câmara do Comércio do Suriname e Vice-Presidência do Suriname reuniram-se na capital do Amapá.

“Na manhã de hoje, foi dado um importante passo na busca para otimizar a movimentação de cargas entre o Nordeste e o Norte do País”, comentou Wilbur Holmes Jácome, presidente da Companhia Docas da Paraíba.Ele descreveu ainda que, atualmente, uma carreta de cerâmica que sai de João Pessoa e vai até Macapá absorve em média R$ 12 mil reais de frete. Para se ter uma idéia como parâmetro desse valor, paga-se hoje aproximadamente R$ 8 mil reais para se trazer um container da China até Suape (PE). Além de cerâmica, estão indo calçados, têxteis, frutas, entre outros produtos para o Norte. Tudo isso via rodovias, o que representa um alto risco de segurança além de custos.

Para Robert Ameerali, Vice-presidente do Suriname, o encontro veio num bom momento. “Precisamos importar muitos bens do Brasil e o Norte e Nordeste são excelentes portas logísticas para diminuir distâncias e custos” disse. Da mesma forma avaliou Sérgio La Roque, Secretário de Transportes do Estado do Amapá, que valorizou as potencialidades do Porto de Santana. Já Riano Freire Valente, autoridade portuária local, comentou a necessidade de se entender os fluxos logísticos entre o Norte e Nordeste, incrementando essa ligação através de rotas que possam se ligar rumo a América Central.

Para dar continuidade à reunião Wilbur Holmes Jácome e Riano Valente, vão pedir o apoio das Federações das Indústrias e do Comércio dos respectivos estados da Paraíba e Amapá. O foco é a realização de fóruns logísticos que estimulem essa integração. “Vamos unir interesses entre industriais, distribuidores, varejistas, armadores e operadores portuários na busca de sinergia”, disse Wilbur Jácome. Na opinião de Riano Valente, Presidente do Porto de Santana (Amapá) “Esse tipo de integração aumenta a geração de empregos, renda, impostos e atrai mais investimentos nacionais e internacionais”.

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