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De olho no Canal do Panamá, EUA investem em portos

Baltimore – Os quatro guindastes deste porto se elevam bastante, a 14 andares de altura. Recém-saídos do navio que os trouxe da China e sendo preparados para entrar em operação, os equipamentos de US$ 40 milhões são parte da aposta da cidade para que, quando os navios porta-contentores gigantes começarem a passar pela expansão do Canal do Panamá, em 2015, Baltimore seja um dos poucos portos da Costa Leste dos Estados Unidos prontos para os negócios."Será uma grande vitória nossa", disse James J. White, diretor executivo da Administração Portuária de Maryland.

A noção de que o novo conjunto de eclusas em construção para permitir que navios gigantes passem pelo canal trará riqueza a 1.600 quilômetros ou mais ao norte é partilhada pelo setor e autoridades da Costa Leste e do Golfo do México que, há anos, promovem projetos de portos orçados em vários bilhões de dólares.

O governo Obama agora decidiu acelerar o processo de análise para o desenvolvimento e aprofundamento de vários portos, como os de Nova York e Nova Jersey, Charleston, na Carolina do Sul, Savannah, na Geórgia, Jacksonville, na Flórida, e Miami.

A iniciativa "ajudará a impulsionar o crescimento dos empregos e a fortalecer a economia", o presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou ao anunciar o programa em julho.

Porém, pessoas que acompanham a iniciativa começam a expressar ceticismo em relação a toda esperança e dinheiro destinados à dragagem do lodo e à colocação do aço. Com tantos portos concorrendo por uma fatia do butim, especialistas estão questionando o tamanho do valor a ser dividido."Todos estão correndo atrás disso. Para mim, poucos sairão no lucro", disse William D. Ankner, ex-funcionário da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey e ex-secretário dos transportes da Louisiana.

Fonte: The New York Times

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