Moçambique

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Caminho-de-ferro de Machipanda volta a ligar o país ao Zimbabué

Os 317 quilómetros da linha de caminho-de-ferro de Machipanda estão de novo operacionais, depois de em dezembro de 2011 o sistema ferroviário da Beira ter voltado a ser gerido pela estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique.

O sistema ferroviário da Beira, que inclui as linhas de Sena, que liga a cidade da Beira à bacia carbonífera de Moatize, na província de Tete e a de Machipanda, que liga a Beira ao Zimbabué, tinha sido entregue em regime de concessão à Companhia Caminhos de Ferro da Beira (CCFB), um consórcio entre a Ricon, um consórcio indiano constituído pelas empresas estatais Rites e Ircon Internacional, com 51% e a estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, com os restantes 49%.

Os comboios partem do porto da Beira com carga constituída fundamentalmente por adubos e trigo para o Zimbabué e regressam ao porto da Beira carregados de granito e carga em contentores, sendo de assinalar a diminuição substancial no número de descarrilamentos, que passou de uma média de 60 para 2 a 3 por mês, devido às obras já realizadas ao longo da via.

Desde dezembro passado, a CFM aumentou o número de trabalhadores nos trabalhos de reparação da linha, tendo sido possível proceder à recuperação de algumas estações ferroviárias, reabertura de cruzamentos, substituição de carris e de chulipas e reposição do balastro, reactivação de valas de drenagem, ao corte do capim e mesmo procedido à colocação de passagens de nível.

Entretanto, atendendo à falta de material circulante, a CFM tem estado a alugar vagões à estatal National Zimbabwe Railways a fim de garantir a circulação de uma média diária de três comboios na linha de Machipanda, tendo sido já reduzido de 24 para 12 horas o período de tempo necessário para efectuar o percurso.

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