Angola
ANGOLA
Fábrica de sistemas subaquáticos no Soyo
A empresa GE-GLS Oil & Gás Angola vai investir, nos próximos dois anos, 17,5 mil milhões de kwanzas (175 milhões de dólares) na construção de uma fábrica de sistemas subaquáticos no município do Soyo.
O anúncio foi feito durante a realização de uma consulta pública sobre avaliação de impacto ambiental, pelo Ministério do Ambiente em parceria com a empresa GE-GLS & Gás Angola.
A fábrica, a ser erguida numa área de 13 hectares na zona industrial da Base Logística do Kwanda, vai construir componentes subaquáticos ligados à indústria petrolífera e de gás na região, como cabeças de poços, instrumentos para a medição do fluxo de produção de petróleo, válvulas e outras peças importantes na exploração do “ouro negro”.
O empreendimento cria na fase de arranque 400 postos de trabalho para os jovens, cuja cifra vai cair para 180 efectivos quando entrar em operação.
O Ministério do Ambiente, em parceria com aquela empresa, realizou no último fim-de-semana, na cidade do Soyo, uma consulta pública sobre o impacto ambiental da construção e operação da fábrica, no sentido de levar a cabo planos de mitigação de situações negativas. A consulta pública sobre a Avaliação de Impacto Ambiental, realizada numa das unidades hoteleiras da cidade do Soyo, foi muito concorrida e visou envolver as autoridades competentes da província e da comunidade local no processo de construção da fábrica.
A chefe de Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental do Ministério do Ambiental, Ana Gonçalves, considerou a consulta pública um acto importante, uma vez que a unidade fabril de sistemas subaquáticos fica localizada numa área envolvente à comunidade do Song-Etona.
“Esta consulta pública visa essencialmente colher contribuições dos cidadãos do município do Soyo, sobretudo os que habitam na área envolvente, sobre o que pensam e os possíveis impactos que o projecto pode causar às comunidades, para encontrarmos medidas ou planos de mitigação a levar a cabo para que a população não seja afectada negativamente pelas acções da fábrica, quer na fase de construção, quer na fase de operação”, acrescentou Ana Gonçalves.
O gestor de projectos da empresa GE-GLS Oil & Gás Angola, Edgar Lopes, informou que, neste momento, decorre a fase de aquisição de licenças ao que se segue a terraplanagem do terreno e a construção da fábrica, cuja conclusão está prevista para 2015.
No encontro estiveram presentes membros do Governo Provincial, da administração local, autoridades tradicionais e eclesiásticas, estudantes universitários e população, que manifestaram inquietações ligadas à política de recrutamento da mão-de-obra e sobre o impacto ambiental que o projecto pode causar nos mangais.
fonte
|