Notícias

CPLP advoga melhor ambiente de negócios

O SECRETÁRIO executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu que a criação de um "ambiente propício" para que os empresários possam fazer negócios dentro da comunidade, mas pediu ajuda aos estados que a integram.

"Os estados têm que acordar num leque de medidas que permita que os empresários possam desenvolver os seus negócios nesse grande espaço que é o nosso", afirmou Murade Murargy, acrescentando que essas medidas devem centrar-se em questões relacionadas com investimento, financiamento e garantias bancárias.

Aquele responsável falava aos jornalistas à margem da sessão de abertura da conferência "Língua Portuguesa, Sociedade Civil e CPLP", que decorreu no "campus" de Gambelas da Universidade do Algarve (UAlg).

De acordo com o secretário executivo da CPLP, a comunidade tem que avançar "para além das considerações político-diplomáticas e da língua", mas admitiu que essa não será uma tarefa fácil.

"Nós temos que dar essa tónica comercial. A CPLP, enquanto organização, não é ela que vai fazer os negócios, mas nós temos que criar um ambiente propício para que os empresários possam interagir e fazer os negócios nesta grande comunidade", sublinhou.

Murade Murargy acrecentou que partilha da opinião do primeiro ministro timorense, Xanana Gusmão, que na passada semana reclamou um “cariz mais económico” para a organização, a qual considera ser incapaz de ir além de questões como a história ou a língua.

O secretário executivo da CPLP considera que um dos passos para o avanço da comunidade é a criação de um programa semelhante ao Erasmus, que permite a mobilidade de estudantes e investigadores em universidades europeias.

"Se nós criarmos o Erasmus, isso vai permitir uma mobilidade dos cidadãos por forma a reforçar um pouco esse espírito comunitário, o que não é assim tão fácil como isso", afirmou.

Aquele responsável disse ainda que as gerações anteriores dos países de língua portuguesa se conheciam entre si, o que não acontece agora, situação que poderia ser reforçada com a criação de um programa semelhante ao Erasmus.

fonte