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Custos logísticos na América Latina duplicam média da OCDE

Os custos logísticos na América Latina duplicam a média da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico), encarecendo o preço final dos produtos e reduzindo o potencial exportador.

O défice logístico estrutural que enferma toda a América Latina está a estrangular o potencial exportador da região, conclui o estudo sobre as Perspectivas Económicas para 2014 da OCDE, Cepal e CAF, recentemente divulgado e reportado pela edição online do jornal Expansion.

A falta de infraestruturas eficazes, a escassa coordenação logística, a ineficiência dos processos tarifários e a falta de aproveitamento das tecnologias de informação são, segundo o estudo, os pontos mais frágeis do setor. "Os custos internos de transporte por contentor para o comércio internacional no Brasil e na Colômbia são considerados dos mais altos do mundo", destaca o estudo.

A estes fatores há que somar uma "seleção inadequada do meio de transporte a usar". No Brasil, por exemplo, o transporte por estrada é 15 vezes superior ao dos EUA. Se este país duplicasse o número de terminais intermodais atual, poderia reduzir os custos de transporte em 57%, avança o estudo.

E embora 80% do transporte de mercadorias dos vários países da região para os EUA se faça por via marítima, nenhum porto da América Latina integra a lista dos 20 maiores portos do mundo ou dos 20 mais movimentados, sendo que o mesmo acontece com os aeroportos. Nenhum figura na lista dos 30 aeroportos mundiais no transporte de carga aérea.
Soluções

Para superar o estrangulamento que afeta o comércio da América Latina, a OCDE apela aos países da região para que invistam em infraestruturas, aproveitando as parcerias público-privadas para esse efeito. A OCDE apela igualmente a um melhor aproveitamento das novas tecnologias.

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