Notícias

China anuncia medidas de apoio ao desenvolvimento dos países de língua portuguesa

O governo chinês anunciou novas medidas de apoio aos países lusófonos por ocasião do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, realizado em Macau.

O ministro angolano da Justiça e dos Direitos Humanos, Rui Mangueira, um dos participantes no evento, reiterou, em Macau (China), o engajamento de Angola na materialização das acções constantes do Plano de Acção referente ao triénio 2014-2016 do Fórum para a cooperação económica e comercial entre a China e os países de língua oficial portuguesa.

A 4.ª Conferência Ministerial e a cerimónia do 10.º aniversário do estabelecimento do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, sob o lema "Novo ciclo, novas oportunidades", foi aberta pelo vice-primeiro-ministro do Conselho de Estado da China, Wang Yang, e contou com a participação de dirigentes dos Países de Língua Portuguesa.

No seu discurso, Wang Yang anunciou oito novas medidas de apoio do Governo da China ao desenvolvimento dos países de língua portuguesa nos próximos três anos, das quais se destaca a concessão de empréstimos em condições favoráveis, no valor de 1.800 milhões de renminbi (moeda oficial da China) aos países lusófonos, destinados, principalmente, à construção de infraestruturas e projectos de desenvolvimento de unidades de produção, para apoio ao desenvolvimento económico e social de países africanos e asiáticos, membros do Fórum Macau.

Na cerimónia de abertura do fórum discursou o primeiro-ministro de Guiné-Bissau, Rui Duarte Barros, o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, o vice-primeiro-ministro de Portugal, Paulo Portas, o vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, Fernando de Araújo, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Rui Mangueira, o ministro do Turismo, Indústria e Energia de Cabo Verde, Humberto Santos de Brito, e o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Oldemiro Baloi.

"A parceria económica, comercial e política aproximou os povos e incentivou o intercâmbio cultural, fazendo com que as diferentes culturas aqui presentes ultrapassem todas as barreiras geográficas e se expandam pelos quatro cantos do mundo", sublinhou o chefe da comitiva angolana no Fórum Macau 2013.

Na sua intervenção, o ministro da Justiça referiu que no quadro de cooperação, o Fórum Macau tem vindo a ganhar dimensão e constitui hoje uma plataforma incontornável no contexto das relações económicas entre os países, por estimular e aprofundar, não só o pilar da cooperação bilateral, mas também por permitir a troca de experiências e sinergias que se enquadram de forma tão singular no âmbito da cooperação sul-sul.

Angola é o segundo parceiro comercial chinês no mundo lusófono, atrás do Brasil, segundo dados do Gabinete de Apoio ao Secretariado Permanente do Fórum Macau, que aponta um aumento de 5,73 porcento nas trocas comerciais nos primeiros nove meses do ano 2013, para 27 mil milhões (bilhões) de dólares, com vendas à China de 24,3 mil milhões (bilhões) de dólares, menos 5,73 porcento, e compras de 2,78 mil milhões (bilhões) de dólares, menos 5,69 porcento face a igual período de 2012.

fonte