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Comércio dos PALOP com a China a caminho dos 160.000 milhões/USD

O COMÉRCIO entre a China e os países de língua oficial portuguesa deverá aumentar em média cerca de 8 por cento ao ano, atingindo 160.000 milhões de dólares em 2016, segundo o plano de acção aprovado ontem em Macau.

“Estou confiante que atingiremos aquela meta. É bastante fácil”, disse o ministro chinês do Comércio, Gao Hucheng, após a assinatura do referido plano.

Desde a criação do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial China-Países de Língua Portuguesa, há uma década, o comércio entre aqueles países cresceu mais de dez vezes, somando cerca de 120.000 milhões de dólares em 2012, salientou Gao Hucheng.

O “Plano de Acção 2014-16” foi aprovado na IV reunião ministerial do fórum, que contou com a participação de mais de vinte governantes, entre os quais o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Rui Duarte Barros, e os vice-primeiros-ministros da China e de Portugal, Wang Yang e Paulo Portas, respectivamente.

Nos próximos três anos o fórum propõe-se a “promover em conjunto o desenvolvimento
económico” dos países membros e dedicar “novas energias para estudar a cooperação
trilateral” envolvendo a China, Brasil e Portugal e os países africanos de língua portuguesa e Timor-Leste.

A maioria das oito medidas do plano destacadas pela China, nomeadamente a concessão de empréstimos em condições favoráveis de 1800 milhões de yuan (cerca de 225 milhões de euros), contempla os Palop e Timor-Leste.

A China vai enviar 210 médicos para aqueles países durante o próximo triénio.

Ainda na área dos recursos humanos, o Governo anunciou que convidará 2000 quadros dos Palop e de Timor-Leste para acções de formação.

Cada um daqueles países contará também com o “apoio chinês” na construção de infra-estruturas destinadas ao ensino, “doação de equipamento de rádio, televisão e telecomunicações” e de “um projecto de energia solar para iluminação pública”.

O Governo chinês anunciou, igualmente, a disposição de “partilhar a sua experiência bem-sucedida” na criação de Zonas Económicas Especiais, a vanguarda das reformas lançadas pela China no final da década de 1970, e disse que irá “incentivar” as empresas chinesas a promover idênticas iniciativas nos países membros do fórum.

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