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Universidade moçambicana e instituto francês assinam acordo no âmbito das ciências do mar

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e o Instituto Francês de Investigação para Exploração do Mar (IFREMER) assinaram um acordo de cooperação em actividades de pesquisa e investigação em ciências marinhas.

O entendimento vai permitir a troca de experiências entre os pesquisadores, docentes e estudantes moçambicanos e cientistas franceses, durante os próximos cinco anos.

O acordo nesse sentido foi oficialmente rubricado pela directora da Faculdade de Ciências da UEM, Amália Uamusse, e pelo director do IFREMER, Gilles Lericolais, acto que ocorreu a bordo do L'Atalante, um navio francês de pesquisa oceanográfica, que se encontra atracado no porto de Maputo desde segunda-feira até próximo sábado.

À luz do acordado, a UEM irá executar trabalhos através dos departamentos de ciências biológicas e de geologia.

"Este acordo é muito importante porque a instituição francesa tem uma longa experiência neste tipo de pesquisas", afirmou Uamusse.

Ela destacou a necessidade dos docentes, investigadores e estudantes moçambicanos serem capacitados em pesquisas na área de ciências marinhas, uma vez que o país é detentor duma longa costa, onde abundam biodiversidades.

A dirigente da UEM explicou que o memorando contempla, ainda, a capacitação de vários docentes, estudantes e pesquisadores, mas nesta primeira fase apenas um estudante de mestrado em geologia vai fazer a recolha de dados ao longo da costa moçambicana juntamente com os pesquisadores franceses.

"Porem, ainda vamos nos reunir para definirmos com pormenor os passos seguintes e quantos investigadores, docentes e estudantes poderão participar deste memorando", referiu a fonte, acrescentando que este intercâmbio é um ganho imenso "porque é um conhecimento que ficará, no país, para sempre".

Por seu turno, o director do IFREMER, Gilles Lericolais, congratulou a assinatura do memorando, afirmando tratar - se duma colaboração muito importante não só para Moçambique, mas também para própria França.

"Contamos regressar mais tarde para pesquisas conjuntas conforme o memorando assinado. Essas pesquisas nos permitirão ter um conhecimento comum sobre a biodiversidade marinha, pois os oceanos são um património mundial. Este conhecimento que vamos adquirir ao trocar experiências com estudantes, docentes e pesquisadores moçambicanos também será um bem mundial", afirmou Lericolais.

O IFREMER é um instituto integrado e que se interessa por todo o tipo de pesquisa na área de oceanografia. A vizinhança marítima com a França (Ilhas Esparsas, Mayotte e Reunião) e várias áreas de interesse comum, nomeadamente segurança marítima, gestão sustentável dos recursos, protecção do meio ambiente ou o impacto das alterações climáticas, tornam obvia esta parceria óbvia.

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