Sistema de Lupa activo | Voltar vista normal | ||
Moçambique | ||
Botswana quer exportar carvão a partir dos portos de Moçambique O Botsuana pretende iniciar a exportação de carvão a partir de portos de Moçambique e da África do Sul, antecipando a conclusão de uma linha de caminho-de-ferro que liga aquele país à Namíbia, informou recentemente o director executivo da Câmara de Minas do país. Indicando que o avanço da exploração dos depósitos de carvão da região carbonífera de Mmamabula, no sul do Botsuana, mantém-se dependente da conclusão da linha ferroviária Trans-Kalahari (Trans-Kalahari Railway), Charles Siwawa afirmou que as empresas mineiras que operam localmente pretendem antecipar o início dos seus projectos, exportando através dos portos de Maputo, em Moçambique, e de Richards Bay, na África do Sul. O director executivo da Câmara de Minas do Botsuana (Botswana Chamber of Mines), uma entidade privada que reúne várias empresas com interesses no sector mineiro, considerou que a espera pela conclusão da linha férrea pode revelar-se “desastrosa” para as ambições económicas do país, que ambiciona fornecer carvão a países como a Índia e a China. Perante um contexto de desvalorização do preço do mineral nos mercados internacionais, Charles Siwawa salientou que as mineiras não devem condicionar o início da exploração ao aumento do valor do carvão, referindo que a exportação através de Moçambique e da África do Sul vai ajudar os operadores a desenvolverem as suas capacidades de logística. Com a meta de exportação de 60 milhões de toneladas através da linha de caminho-de-ferro entre o Botsuana e a Namíbia, que se estende por 1500 quilómetros, os vários operadores instalados na região carbonífera de Mmamabula poderão antecipar a produção de carvão, dispondo da capacidade de exportação de cerca de 20 milhões de toneladas dos portos de Maputo e de Richard Bay. Explorado pela empresa Grindrod Limited, o Terminal de Carvão da Matola, do porto de Maputo, oferece uma capacidade de exportação anual de seis milhões de toneladas, que poderá crescer para 26 milhões no futuro, atendendo a um plano de expansão em curso.
|