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Moçambique | ||
Moçambique tem de apostar no mar como via eficiente de transporte O presidente da Comissão Executiva da empresa Portos do Norte defende a aposta na opção marítima para o transporte de pessoas e bens no país como meio importante para colmatar as dificuldades que o país enfrenta em infra-estruturas de transporte. “A cabotagem marítima deve voltar a fazer parte das prioridades, sobretudo nesta altura em que o mercado tem que se ajustar. A melhor via possível para o transporte é o mar, por não ter custos de manutenção”, argumentou Fernando Couto (na foto) em entrevista ao programa Mozefo. Sugeriu, no entanto, que, para realizar o objectivo, é necessário que se encontrem embarcações que possam adequar-se ao Oceano Índico, que é muito difícil de navegar. Além disso, prosseguiu, para haver navios e cabotagem, é necessário que haja produtos para transportar. “Creio que a produção vai acontecer a curto prazo, já que parte do desenvolvimento agrário está a acontecer no Norte. Mas, lamentavelmente, os mercados de exportação do Norte são alguns países da região que não asseguram rendimentos aos produtores, em comparação com o sul do país, onde a população tem maior poder de compra, daí a necessidade de estabelecer vias, sobretudo verticais, que explorem o sentido Norte-Sul. Actualmente, o país tem portos que são instrumento fundamental para acolher navios, tem mercadorias e desnível na quantidade de produtos que têm de ser transportados do Norte para o Sul, como no sentido contrário. Assim, Fernando Couto sugere que se encontrem veículos empresariais que façam o devido aproveitamento disso: “temos uma escola náutica que produz marinheiros com habilitações dentro dos padrões internacionais, portanto, falta-nos que os navios sejam enquadrados num projecto empresarial em que haja retorno apetecível para o sector empresarial”.
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