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Companhias de navegação sobem gastos com porta-contentores em 98%

As companhias de navegação investiram um total de 18,620 milhões de euros em novas encomendas de porta-contentores durante 2015, o que representa um aumento destes gastos de uns exorbitantes 98% em relação ao ano anterior. Foram feitos 255 pedidos de barcos, com uma capacidade total de 2,34 milhões de TEUs. Tal procura representa um aumento de 113% da capacidade da carteira de encomendas, de acordo com a consultora Alphaliner, que alerta para a insustentabilidade da situação.

Segundo conclusões da Alphaliner, este cenário é justificado pelas novas exigências da Organização Marítima Internacional (OMI) sobre as emissões poluentes, facto que tem incentivado os armadores a antecipar os seus planos para novas encomendas. No final de 2015, a frota mundial de contentores havia alcançado uma capacidade de 19,94 milhões de TEUs, um aumento de 8,5% face aos 12 meses anteriores.

No passado exercício registou-se um número recorde de entregas foi navios. Nesse sentido, os proprietários incorporaram 214 novos navios porta-contentores com uma capacidade de 1,72 milhão de TEUs, enquanto foram anulados apenas 200.000 TEUs como resultado da demolição de navios ou acidentes. A Alphaliner afirma que o crescimento é "insustentável", alertando para uma capacidade não utilizada de 1,36 milhões de TEUs face aos 230.000 verificados no início do ano (um aumento de quase 500%). Além disso, no final de 2015, enfatiza a Alphaliner, as taxas de frete da China foram entre 20 a 20% menores do que no ano anterior.
 

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