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Angola 
NAMIBE, ANGOLA

Empresários das pescas em risco de paralisação

Ao falar num encontro de auscultação promovido pela Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP), empresários defenderam a instalação de fábricas de arte de pesca no país, como forma de colmatar as lacunas existentes neste domínio.
O presidente da Associação Provincial de Pescas, Mário Faria, lembrou também que o Estado já punha à disposição do sector um valor anual de três milhões de dólares (500,1 milhões de kwanzas) para a compra de materiais como redes, motores e outros equipamentos, mas que, com a crise financeira que o país atravessa, este investimento deixou de ser feito.

“Além de não termos ATM, não há mecânicos especializados, razão pela qual muitas embarcações estão paralisadas, às vezes por falta de um parafuso”, disse.

O empresário Mário Faria falou da importância de uma fábrica de embalagens, para facilitar o processo de distribuição do pescado. O empresário Fernando Solinho, da salineira Sal do Sol, falou sobre a falta de divisas, considerando que chega a impossibilitar os agentes do sector de importar materiais e equipamentos.

Augusto Dias, da indústria panificadora, falou da falta de farinha de trigo na província do Namibe, o que pode levar a sua fábrica e outras a encerrar as portas nos próximos dias. Arrin Tachon, da indústria de materiais para a construção civil, discorreu sobre a capacidade instalada na sua fábrica para produção de 30 mil blocos por dia mas produz apenas cinco mil, por falta de matéria-prima.

A representante da Associação das Mulheres Empresárias do Namibe questionou os critérios de aprovação e financiamento de projectos, referindo que pela sua associação entraram várias propostas empresariais nas unidades de apoio ao investimento privado mas nenhuma delas foi aprovada até agora.

Os técnicos da UTIP esclareceram como funcionam os distintos órgãos criados pelo Executivo, como a Agência para a Promoção do Investimento e Exportações (APIEX), a UTIP e seus órgãos provinciais, designados UTAI.

Zanane Lourenço, do departamento jurídico da UTIP, fez a apresentação dos vários diplomas legais aprovados para dar apoio ao investimento privado e falou do papel de instituições como o Banco Nacional de Angola, Administração Geral Tributária e Serviços de Migração e Estrangeiros. Hélder Sampaio, do departamento de avaliação e análise de projectos da UTIP, apresentou as condições necessárias para propostas de investimento, bem como os prazos na tramitação processual.

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